A petroleira HRT provavelmente buscará recursos no mercado para desenvolvimento do campo de Polvo, na Bacia de Campos (RJ), disse o presidente da companhia, Milton Franke, durante evento do setor no Rio.
"Mesmo tendo recursos próprios, nós vamos provavelmente buscar [no mercado]. Nós temos várias alternativas que estamos estudando", afirmou ele à Reuters.
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A empresa planeja realizar uma ou duas intervenções em poços já existentes e, em seguida, perfurar um novo poço em Polvo.
Em meados de agosto, Franke havia afirmado que a petroleira planejava a perfuração de um novo poço em Polvo até o final do ano, com o objetivo de aumentar a produção e adiar o declínio natural da área.
Mas nesta quarta-feira (3) ele explicou que a perfuração deve acontecer até fevereiro do próximo ano.
O custo para a perfuração do poço, segundo o presidente, é de US$ 25 milhões a 30 milhões, enquanto as intervenções devem custar entre US$ 3 e 5 milhões.
"Como a gente vende petróleo hoje, a gente já tem uma flexibilidade maior de buscar recursos", acrescentou Franke.
O campo de Polvo é o primeiro ativo da HRT a produzir petróleo.
Polvo tem mais de 30 poços de desenvolvimento perfurados, mas apenas dez em produção.
Uma primeira intervenção em um poço perfurado estava prevista para o terceiro trimestre, segundo afirmou o executivo anteriormente.
No segundo trimestre, Polvo produziu total de 941 mil de barris de óleo, 4,4% acima do trimestre anterior.
A petroleira teve lucro líquido de R$ 9,7 milhões no segundo trimestre do ano, avanço frente ao mesmo período de 2013, quando registrou prejuízo líquido de R$ 546 milhões, informou a petroleira.
DEVOLUÇÃO DE BLOCOS
Franke disse ainda que planeja recorrer de decisão da ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) do mês passado, que impôs a devolução de dois blocos exploratórios da HRT na Bacia do Solimões, por não cumprir etapas acordadas com a autarquia.
Segundo o executivo, a comunicação sobre a devolução foi entregue pela ANP à HRT nos últimos dias.
Os dois blocos, chamados SOL-T-148 e SOL-T-149, segundo o executivo, são importantes devido à proximidade com descobertas já realizadas pela Petrobras na Amazônia.
Fonte: Folha de São Paulo\DA REUTERS