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IBP propõe licenciamento rápido e ajuste no conteúdo local

O Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP) se reúne hoje (25), pela primeira vez, com os novos ministros de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, e do Meio Ambiente, Sarney Filho. Segundo o presidente do IBP, Jorge Camargo, o instituto pretende apresentar durante o encontro, em Brasília, a agenda do setor - que inclui, entre outros pontos, a necessidade de agilização do processo de licenciamento ambiental, de ajustes na política de conteúdo local e da criação de um calendário de rodadas de blocos exploratórios.

"Nossa agenda não mudou, mas ela encontrou o seu tempo, tem o seu melhor momento [para discussão]", disse Camargo, após evento da Câmara Americana de Comércio Brasil-Estados Unidos, no Rio.


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Segundo o executivo, o Brasil tem "amplas" condições de ser um mercado competitivo, mas precisa de ajustes regulatórios para reduzir custos da indústria, em meio ao cenário de baixa dos preços do barril. Ele destacou que a alta produtividade dos poços do pré-sal brasileiro tornam a fronteira competitiva a preços do barril a US$ 45, mas que pesquisas indicam que o break-even (preço mínimo do barril suficiente para garantir a viabilidade econômica) poderia ser reduzido entre 20% e 30% com algumas mudanças regulatórias, sobretudo na flexibilização da política de conteúdo local.

"Quando o preço do barril estava alto, as empresas absorviam esses custos da política de nacionalização, mas com a mudança da realidade de mercado precisamos de medidas que ajudem a indústria a reduzir despesas", disse.

Camargo destacou que a indústria petrolífera brasileira está vivendo uma transição, "de um ciclo de maior controle estatal para um mais liberal", e defendeu que o modelo regulatório do setor precisa acompanhar essa mudança.

Segundo ele, o momento de transição "de um modelo predominante estatal para um maior protagonismo privado" era uma tendência verificada pelo IBP antes mesmo da mudança no comando do governo federal e reflete o fim do superciclo das commodities.

Ele lembrou que o Brasil possui 30 bilhões de barris descobertos, que demandarão investimentos de US$ 300 bilhões a US$ 400 bilhões para serem desenvolvidos. "Ou trazemos novos investidores ou não vamos aproveitar a janela de oportunidades para gerar investimentos", disse Camargo, referindo-se à capacidade limitada de investimento da Petrobras e do governo no momento.

Fonte: Valor Econômico/André Ramalho | Do Rio






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