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Informações sobre descobertas vêm de formas distintas

Do Rio - As empresas de petróleo no Brasil têm maneiras distintas de divulgar suas descobertas de reservatórios de petróleo ou gás.

A Agência Nacional do Petróleo (ANP) obriga todas a fazer uma notificação de descoberta sempre que for encontrada uma "coluna de hidrocarbonetos" (petróleo ou gás) durante uma perfuração, comercial ou não.

A Petrobras só informa essas descobertas quando tem uma estimativa sobre a área ou uma certeza maior sobre a comercialidade futura.

As grandes petroleiras privadas adotam práticas parecidas. A ExxonMobil, por exemplo, não fez qualquer notificação ao mercado quando descobriu petróleo em uma perfuração no único bloco do pré-sal de Santos que não tem a Petrobras como operadora. Em seguida a gigante americana fez outra perfuração onde encontrou um poço seco. Nada falou. E o mesmo aconteceu quando o resultado da terceira perfuração mostrou que a área não é comercial.

A OGX adota uma estratégia diferente. Ela divide com o mercado todas as informações passadas para a ANP. Como ainda não é possível saber quanto das descobertas vão se tornar reservas que irão para o balanço da companhia, é preciso cuidado.

Marcus Sequeira, analista do Deutsche Bank, alerta que os investidores devem ter em mente que depois de um anúncio inicial são necessários vários testes para se ter uma noção dos impactos daquela descoberta para a companhia. "Nem todo anúncio se torna comercial. É preciso entender que ele é muito preliminar. E para efeitos de balanço, só valem as reservas provadas." Para ele, esse é um exemplo do risco e do potencial de valorização do setor, na aposta que essas descobertas transformem-se em reservas provadas. "Ganha quem entrar [no papel] antes dessa virada", explica.

Desde a abertura do capital em 2008, as ações da OGX valorizaram 27,94%, enquanto o Ibovespa perdeu 9,36% no período. Mas a empresa já perdeu R$ 17,9 bilhões do seu valor de mercado este ano. Na HRT a valorização das ações é de 14,58% desde a oferta pública no ano passado, com aumento de R$ 1 bilhão do valor de mercado. Em 2011, todas estão em queda. A OGX se desvalorizou 27,65%, a HRT, 13,52% e a Petrobras perdeu 16,14%. As ações da Queiroz Galvão caíram 11,05% desde o dia 9 de fevereiro, quando fez sua estreia na bolsa, superior à perda do Ibovespa acumulada em 2011, que é de 7,23%.

O risco das descobertas passa longe da Petrobras, atualmente uma das empresas com maior portfólio de reservas a desenvolver em todo mundo. Mesmo assim, o papel tem riscos associados a ele. Desde dezembro, a Petrobras perdeu R$ 64,5 bilhões de seu valor de mercado. Se na exploração as incertezas são maiores nas empresas iniciantes, o mesmo não se pode dizer do retorno. Mas o analista do Deutsche repete o bordão dos colegas: é preciso ver o longo prazo, se a empresa tem disponível o dinheiro que vai precisar usar em um ano.

Emerson Leite, ressalta que depois da descoberta, é importante saber com que eficiência será possível monetizar as reservas encontradas, qual o plano de investimentos da companhia e qual a velocidade com que os barris serão produzidos. Esse é o atual estágio da discussão em torno do plano de negócios da Petrobras. "Ela está gastando todo o caixa no plano de investimentos e mais um pouco."

(Fonte: Valor Econômico/CS)






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