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Navalshore

Intensivo em mão de obra

O Estaleiro Atlântico Sul, considerado um marco para o renascimento da indústria naval, deve gerar 8 mil vagas em 2011

A indústria naval brasileira renasceu. E já emprega mais pessoas do que no seu auge, na década de 1970. Naquela época, eram cerca de 40 mil empregos. Hoje, são mais de 56 mil, número que sobe para 84 mil quando se considera a indústria náutica de lazer, de acordo com dados do Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval). Somente o Estaleiro Atlântico Sul, um dos marcos desse renascimento, gera 5,2 mil empregos, contigente que deve chegar a oito mil ainda em 2011.

Wevangi da Silva, 24, foi aluno do centro de treinamento construído pelo EAS no Complexo de Suape e hoje faz faculdade de gestão industrial. Foto: Fotos: Helder Tavares/DP/D.A Press
Trata-se de um segmento intensivo em mão de obra. No início de janeiro, o EAS abriu uma frente para contratação de aproximadamente 1,2 mil profissionais para dar conta das demandas atuais e futuras. ´Nossa maior necessidade são soldadores e montadores com experiência em indústria naval ou metalmecânica, por isso abrimos as vagas para todo o Brasil. Mas também temos outras 200 vagas para ajudantes, de nível básico, que não exigem experiência`, explica o diretoradministrativo e de relações institucionais do EAS, Gerson Beluci.

As vagas foram abertas para Pernambuco, Rio de Janeiro, Bahia, Pará, Amazonas e Minas Gerais. A gerente de recursos humanos do EAS, Jane Souza, indica o caminho das pedras para pleitear uma dessas oportunidades: ´O melhor caminho é entrar no site e deixar seu currículo`, resume. No banco de currículos do estaleiro já são cerca de 15 mil profissionais cadastrados. Jane conta que as contratações também ocorrem para preencher vagas de profissionais que foram promovidos. ´Temos, em média, 250 promoções todos os meses.`

Agora o EAS exige experiência, mas no início não foi nada fácil. O governo do estado, em parceria com as prefeituras, promoveu um reforço de escolaridade para cinco mil pernambucanos. Desses, 3.250 foram qualificados pelo Senai e viraram soldadores. Entre eles, Wevangi Alex Ferreira da Silva, 24 anos. De origem humilde e morador do bairro de San Martin, no Recife, Wevangi enxergou no estaleiro uma chance para melhorar de vida.

´Eu queria ser artista, viver dos meus desenhos, mas é muito difícil. Aqui estou aprendendo várias funções e quero continuar nesse ramo`, diz Wevangi, mostrando fotos de alguns de seus desenhos numa câmera compacta. Ele começou como aluno ponteador no Centro de Treinamento Engenheiro Francisco Vasconcelos, construído pelo EAS em Suape e doado ao governo do estado. Hoje opera uma máquina de corte no setor de painelização e à noite faz faculdade de gestão industrial. ´Depois quero fazer pós em engenharia de produção. São muitas as vantagens de trabalhar em uma grande empresa e eu quero mostrar que sou capaz`, planeja.

Quem viu a Ilha de Tatuoca repleta de mato dificilmente consegue imaginar que ali se instalou o maior estaleiro do Hemisfério Sul. E que no seu encalço estão surgindo diversos outros estaleiros em várias partes do país. O responsável pela retomada dessa indústria após mais de 30 anos de estagnação foi o Programa de Modernização e Expansão da Frota (Promef) da Transpetro, subsidiária da Petrobras na área de transporte. Até aqui são 49 navios encomendados, 22 deles ao EAS. Com as descobertas no pré-sal, virão outras encomendas de plataformas, petroleiros e barcos de apoio, movimentando ainda mais essa cadeia.

Fonte: diário de Pernambuco/Micheline Batista

 


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