A Log-In rescindiu o contrato firmado há dez anos com o Estaleiro Ilha S/A (Eisa) que previa a construção de cinco porta-contêineres, sendo que somente dois navios desse pacote foram entregues. A decisão cancela as ordens de serviços dos cascos EI-506, EI-507 e EI-508 que fazem parte da carteira de projetos do estaleiro, em recuperação judicial. De acordo com a Log-In, o motivo são atrasos superiores a 30 dias no prazos de entrega previstos das embarcações, a suspensão dos serviços de construção desde dezembro de 2015 e o inadimplemento, por parte do Eisa, de outras obrigações previstas no contrato celebrado em novembro de 2007.

Em comunicado aos acionistas, o diretor presidente e de relações com investidores da empresa, Marco Antônio Souzo Cauduro, informou que o estaleiro foi notificado na última quarta-feira (12). "A Log-In cobrará do Eisa todos os valores devidos a título de multas diárias em razão dos atrasos na entrega dos cascos EI-506 e EI-507, assim como os valores já pagos para construção dos cascos EI-506, EI-507 e EI-508", diz o comunicado. A empresa também destaca que o Eisa não fará jus ao recebimento de quaisquer valores da Log-In em decorrência de eventuais serviços e/ou fornecimentos realizados e aceitos antes da presente data, nem tampouco a qualquer título de indenização, compensação e/ou qualquer outro recebimento, a que título for.

O contrato previa construção de cinco porta-contêineres de 2.800 TEUs: Log-In Jacarandá e Log-In Jatobá — entregues em 2011, além do Log-In Jequitibá (casco EI-506), EI-507 e EI-508, que deveriam estarem todos entregues até o final de 2017, conforme o último cronograma negociado entre as partes. Entre 2012 e 2015, o Eisa entregou dois graneleiros de 80.000 TPB — Log-In Tambaqui e Log-In Tucunaré, encomendados em julho de 2009.



Por Danilo Oliveira
(Da Redação)

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