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Lupatech vê apoio de credores a plano de recuperação

O presidente da Lupatech, Ricardo Doebeli, disse ontem em teleconferência que tem recebido uma "sinalização positiva" de credores sobre o plano de recuperação extrajudicial anunciado no começo deste mês. Segundo ele, em reuniões prévias, detentores de "mais de 20%" de uma emissão de bônus perpétuos já deram sinal verde à proposta de conversão de dívidas em ações, que dará a eles o controle da companhia.

"Estamos em fase de conclusão da documentação oficial que será apresentada aos credores no início da próxima semana. A partir daí, partimos para uma discussão mais detalhada da proposta", disse o executivo. A previsão é que se chegue a um acordo com os credores até o fim do mês. No entanto, caso a proposta seja aprovada, o aumento de capital que concluiria o processo é estimado apenas para abril.

Doebeli confirmou ainda que a Lupatech tem o apoio de debenturistas, representados principalmente pelo BNDES, conforme antecipou o Valor. O banco de fomento é o maior acionista da fabricante de equipamentos de petróleo, com 31% do capital, e detém mais de 90% de uma emissão de R$ 383 milhões em debêntures.

O plano apresentado pela Lupatech tem como pilar a conversão de 85% dos bônus em novas ações, ao preço de R$ 0,25 cada. Envolve ainda a conversão da mesma fatia da emissão de R$ 383 milhões em debêntures. Bancos detentores de dívidas de R$ 190 milhões têm ainda a opção de transformar o passivo em papéis da companhia.

Simulações feitas pela empresa mostram que a dívida bruta, hoje em R$ 1,44 bilhão, será reduzida em 64%, caso apenas bondholders e debenturistas aceitem a proposta. Na hipótese de conversão também do passivo bancário, a dívida bruta recuaria 77%, para R$ 329 milhões.

O alívio seria suficiente para garantir a reestruturação operacional da companhia, disse Doebeli. "Considerando o processo de negociação de endividamento, mais a composição dos ativos da Lupatech, estamos vislumbrando uma empresa completamente reestruturada em 2014", ressaltou.

A Petros também reforçou ontem sua crença na recuperação da companhia. Em evento realizado em Brasília, o diretor administrativo e financeiro do fundo de pensão, Newton Carneiro da Cunha, disse que ainda acredita no retorno do investimento:

"O retorno não foi o esperado. Estamos na tentativa de reverter. A empresa tem grande potencial", afirmou durante audiência na Comissão de Assuntos Sociais do Senado. Hoje, a Petros é o segundo maior acionista da Lupatech, com 24% das ações. Com a conversão da dívida, terá sua participação amplamente diluída. Caso não coloque nenhum dinheiro na empresa, a fatia pode cair para menos de 1%.

Inadimplente em juros de bônus e debêntures e sem acesso ao crédito, a Lupatech tem perdido encomendas. No terceiro trimestre, pagou R$ 9 milhões em multas por rescisão de contratos, especialmente no segmento de serviços tubulares. O foco, até que a reestruturação seja concluída, é na redução de custos e enxugamento das necessidades de capital de giro. De acordo com o diretor financeiro, Thiago Piovesan, o quadro de executivos foi reduzido de 135 para 60 funcionários. A empresa colocou à venda ainda o imóvel de uma fábrica desativada em Macaé (RJ) para reforçar o caixa.Fonte: Valor Econômico/

Fonte: Valor Econômico/Natalia Viri e Thiago Resende | De São Paulo e Brasília






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