Empresa prevê que, na próxima fase dos testes, navio será abastecido com 100% do biocombustível
A Maersk anunciou, nesta sexta-feira (5), que está testando o uso de uma mistura de 50% de etanol e 50% de metanol no porta-contêineres Laura Mærsk. A empresa informou que a iniciativa é parte de um projeto-piloto com o uso dos dois biocombustíveis e que na primeira fase, em outubro e novembro, fez testes abastecendo a embarcação com 10% de etanol anidro, o mesmo usado em misturas com gasolina em diversos países.
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Segundo a companhia, o primeiro teste confirmou que o etanol pode ser usado com segurança sem comprometer a eficiência dos motores. O teste inicial mostrou que a mistura com 10% de etanol resultou em desempenho tão eficiente quanto com o metanol puro e manteve o mesmo nível de lubrificação e de corrosão.
A empresa explicou que o Laura Mærsk é o primeiro porta-contêineres bicombustível do mundo projetado para usar metanol como combustível alternativo e que, como são álcoois, o etanol e o metanol têm propriedades semelhantes. A Maersk adiantou que na próxima fase dos testes o navio será abastecido com 100% de etanol.
A armadora lembrou que decidiu em 2021 encomendar exclusivamente embarcações com possibilidade de uso de biocombustível e que, até 2025, 19 navios do tipo serão incorporados a sua frota. A empresa explicou que a oferta atual de combustíveis de baixa emissão inclui biometano e e-metano, biodiesel e, a partir de 2027, incluirá biometano liquefeito e GNL, que será adicionado com a chegada de navios bicombustíveis a GNL que serão afretados.
Emma Mazhari, head de mercados de energia da Maersk, disse que o uso de combustíveis diferentes será essencial para a indústria marítima atingir as metas de descarbonização. “O etanol tem histórico comprovado, com mercado estabelecido e infraestrutura existente, oferecendo caminho adicional para a descarbonização”, afirmou.

















