A MAN Energy Solutions planeja entregar ainda este ano seu primeiro motor movido a amônia para instalação em um navio no Japão. A empresa afirma que estará pronta para oferecer este tipo de motor a seus clientes após 2027.
A amônia está entre os vários combustíveis alternativos que os transportadores estão explorando para reduzir as emissões. A indústria naval transporta cerca de 90% do comércio mundial, mas é responsável por quase 3% das emissões mundiais de dióxido de carbono, e a instalação de motores que queimam combustíveis mais limpos nos navios poderia ajudar a abrandar as tendências do aquecimento global.
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O navio movido a amônia levará um ano ou dois para passar por testes, enquanto o fornecimento de combustível, a infraestrutura de abastecimento e os padrões de segurança terão que ser criados, disse o CEO da MAN Energy Solutions, Uwe Lauber.
É necessária uma maior cooperação com as autoridades portuárias, Singapura, o maior centro mundial de reabastecimento de navios, para garantir que o abastecimento de amoníaco seja realizado com segurança.
Embora a amônia não contenha carbono, ela é tóxica e exigirá medidas de segurança rigorosas quando for manuseada como combustível para navios.
A empresa estima que a produção de amônia verde, que é produzida a partir de combustíveis renováveis e da eletrólise da água — e é considerada uma fonte de combustível muito mais limpa — provavelmente não atingirá escala antes de 2030.
Dependendo da idade, valor e tipo de motor do navio, a companhia estima que entre três mil a cinco mil dos 20 mil navios em todo o mundo que usam motores MAN podem ser adaptados para queimar combustíveis alternativos. O pacote de conversão pode custar entre US$ 25 milhões e US$ 50 milhões.