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Mercado de scrubbers pode sentir menor diferença entre preços de combustíveis

O mercado de scrubbers vem sentindo os efeitos da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), que já está impactando a economia global em 2020. Na avaliação do gerente de desenvolvimento de negócios na América do Sul da DNV-GL, Jonas Mattos, o primeiro impacto sentido naquele mercado foi no fechamento dos estaleiros na China que causou atrasos nas instalações da tecnologia. O segundo vem sendo atribuído à queda brusca no preço do petróleo e de seus derivados em função do desequilíbrio entre a oferta e a demanda.

De acordo com Mattos, isso tem afetado o prazo para o break even do investimento. Ele explicou que além da queda no preço do petróleo, a redução do gap entre o combustível compatível (de baixo teor de enxofre) e o não compatível torna menos atrativo o investimento em scrubber.


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Para o sócio da Solve Shipping, Leandro Barreto, tanto a queda no preço do petróleo quanto do gap entre os dois tipos de combustíveis vem alongando o período de retorno do investimento dos armadores em scrubbers de seis meses para algo em torno de três a quatro anos.

No entanto, em razão do momento atípico vivenciado atualmente, ele acredita que os armadores não farão qualquer tipo de mudança drástica em termos de investimento. “O momento é de esperar a poeira baixar, contornar a situação e depois observar em que nível o preço do petróleo e desse spread entre o high sulfur e o low sulfur vai se assentar para depois voltar a refazer os cálculos de payback e se ainda é viável instalar o scrubber”, disse.

Barreto afirmou que provavelmente os investimentos que já estavam planejados, com estaleiros contratados para a instalação de scrubbers deverão continuar acontecendo. “Ninguém está cancelando instalação de scrubber porque o cenário mudou da noite para o dia”, frisou. Como exemplo ele citou o caso da Maersk que nas próximas semanas deve trocar quatro ou cinco navios de 8.700 TEUs na rota da Ásia para, possivelmente, instalar o scrubber.

Outro aspecto que deve ser considerado em relação aos scrubbers, de acordo com Mattos, é o risco que os armadores podem assumir frente à mudança futura na regulamentação. Ele afirmou que isso pode tornar o mercado de scrubber ainda mais restritivo, especialmente com aqueles de ciclo aberto, ou seja, que descarregam no mar o material retido ao filtrar as emissões de SOx para a atmosfera.






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