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Moody's rebaixa nota da Petrobras

A Petrobras ainda é classificada como "grau de investimento" mas seu rebaixamento de uma nota ontem pela Moody's, de A3 para Baa1, demonstra que o período de lua-de-mel da presidente Graça Foster com o mercado pode estar acabando e pode ser hora de o governo, seu controlador, fazer sua parte. Desde que assumiu, a executiva vem tentando aumentar a disciplina financeira da estatal, reduzir custos, ao mesmo tempo em que coloca no prumo o programa de aumento da produção.

"O governo está desempenhando um papel maior de supervisão na direção estratégica da Petrobras e no desenvolvimento offshore e está promovendo [regras que forçam a aquisição de] conteúdo local e outras iniciativas que terão um impacto sobre seu programa de desenvolvimento. As estratégias de financiamento da Petrobras incluem fortes laços com o BNDES, o banco nacional de desenvolvimento, que também está envolvido de perto como acionista da Sete Brasil, nova entidade encarregada de supervisionar a evolução quanto às sondas de perfuração offshore que terão contratos com a Petrobras", diz a Moody's.

A Petrobras enfrenta um controle de preços dos combustíveis que sacrifica suas receitas ao mesmo tempo em que sofreu um revés com a desvalorização do real, que resultou em aumento da dívida em dólar de US$ 16 bilhões (US$ 8,3 bilhões líquidos) no primeiro semestre deste ano. A sorte é que o câmbio se estabilizou nos meses seguintes. Mas a classificadora de riscos projeta novo aumento da dívida em 2014, o que se somará a fluxos de caixa negativos nos próximos dois anos, até 2015.

A Moody's atribui a piora da nota da Petrobras ao aumento da alavancagem financeira e expectativa de fluxo de caixa negativo. Pelo critério que considera a dívida líquida dividida pelo Ebitda anualizado pelos últimos 12 meses, a alavancagem está em 2,9 vezes. Já a dívida líquida dividida pelo capital líquido estava em 34% no segundo trimestre, perto do limite de 35%. Mas a Moody's leva em conta dívida total bruta versus Ebitda, indicador que já está em 3,8 vezes. Se ultrapassar 4 vezes, acompanhado de um fracasso na realização das metas de produção, a certificadora ressalta que o rating pode ser novamente rebaixado.

Fonte: Valor Econômico/Cláudia Schüffner | Do Rio






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