Mercado aguarda planos dos novos gestores da Log In enquanto Aliança Navegação anuncia crescimento - A venda da participação integral da Vale na Log In movimentou o mercado de contêineres na virada do ano. A mineradora detinha 31,3% das ações da companhia de navegação e obteve R$ 234,8 milhões com o negócio. A Vale criou a Log In em 2007, quando realizou o seu IPO (oferta pública inicial), para atender à sua necessidade por uma empresa de logística. Com a adoção do plano de desinvestimentos e concentração do foco em sua principal atividade, a empresa dedicada à cabotagem deixou de ser interessante para a Vale. Em 2013, a mineradora arrecadou cerca de R$ 6 bilhões com a venda de ativos.
Para especialistas em investimento, o momento é positivo para a Log In, que pode andar com suas próprias pernas, como prova o interesse do Fundo Verde, considerado o maior hedge fund fora dos Estados Unidos. O Fundo, que tinha participação irrelevante no capital da Log In, participou do movimento de negociação e agora possui 11,15% das ações.
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Em 2013, a empresa de navegação Maestra retirou-se do cenário, ampliando o espaço da cabotagem para os demais concorrentes. A venda da Log In abre novo ponto de interrogação para o mercado, que aguarda o anúncio dos planos dos novos gestores.
Atenta aos movimentos, a Aliança Navegação anuncia, por sua vez, um total de R$ 450 milhões em investimentos realizados em 2013 na renovação da frota, que passa a contar, desde janeiro, com 10 navios na operação de cabotagem, sendo oito próprios e dois afretados. Para a empresa, com a realização da Copa do Mundo no Brasil a movimentação de contêineres aumentará significativamente este ano.
A empresa atende 16 portos, de Buenos Aires até Manaus, com o serviço de cabotagem dividido em quatro slings (anéis) e um total de 116 escalas mensais. As mudanças refletem um crescimento de 22,2% na capacidade operacional da Aliança.
Para este ano, a Aliança espera aumentar a movimentação de cargas de arroz a partir do porto de Rio Grande, eletroeletrônicos e duas rodas em Manaus, alumínio e níquel em São Luís, no Maranhão, e alimentos, higiene e limpeza no porto de Santos. “Com isso, projetamos crescer acima de 20% em 2014”, diz Gustavo Costa, gerente de cabotagem da Aliança.
Com faturamento de R$ 2,7 bilhões em 2012, a Aliança Navegação e Logística tem forte atuação no segmento internacional e é líder no transporte de cabotagem. No ano passado, movimentou mais de 680 mil TEUs. Atualmente, opera regularmente em 17 portos nacionais e possui 12 escritórios próprios no Brasil.