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OGX desiste de poços, e ações despencam

A OGX surpreendeu novamente o mercado ontem ao informar que pode parar o seu único campo de petróleo em produção, Tubarão Azul, na bacia de Campos.

O volume de produção do campo vem oscilando desde janeiro de 2012, sempre abaixo da meta inicial de 15 mil barris diários por poço.

Em comunicado ao mercado, a companhia de petróleo do empresário Eike Batista disse não existir tecnologia no mundo que eleve a produção do campo e por isso deve parar ao longo de 2014.

Pelo mesmo motivo, a companhia decidiu suspender o plano de desenvolvimento dos campos de Tubarão Tigre, Tubarão Gato e Tubarão Areia, no mesmo bloco, cuja comercialidade foi declarada em março deste ano.

A OGX disse ainda que, apesar de parar a produção, continuará a pagar o aluguel de plataforma à OSX, estaleiro do grupo, até que a mesma seja vendida. Vai também injetar US$ 449 milhões na OSX para a construção de duas plataformas.

A notícia da mudança de planos da OGX afetou suas ações, que já vinham em trajetória de queda desde junho de 2012, quando a empresa admitiu que não cumpriria as metas de produção.

Os papéis fecharam ontem desvalorizados em 29,11%, cotados a R$ 0,56, bem distante do pico de R$ 23,27, atingido em outubro de 2010.

Para Luiz Francisco Caetano, analista da corretora Planner, as expectativas do mercado sobre a companhia agora mudam de patamar, "muito mais de sobrevivência do que de crescimento".

O diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura, Adriano Pires, disse que o que mais causou surpresa foi a suspensão do desenvolvimento de três poços que acabaram de ser declarados comerciais.

Ele também questiona o fato de a OGX ter anunciado o pagamento para a OSX. "Deve-se avaliar se não há prejuízo para os acionistas da OGX."

Procurada sobre a questão, a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) disse que não comenta casos específicos.

Ainda ontem a CVM abriu processo de administrativo para analisar o compromisso de Eike de colocar US$ 1 bilhão na OGX via subscrição de ações.

De acordo com a ANP (Agência Nacional do Petróleo), o plano de desenvolvimento de Tubarão Azul ainda está sob análise.

A agência, no entanto, autorizou a produção antecipada do campo, desde janeiro de 2012, o que, segundo o diretor Florival Carvalho, é um procedimento comum na indústria.

"Desde que não haja risco geológico ou no reservatório, para preservar condições de produção, e que não tenha risco operacional ou ambiental."

O diretor disse que a ANP ainda não tem como avaliar se vai retomar o campo.

Fonte: Folha de São Paulo/DENISE LUNA DO RIO MARIANA SALLOWICZ






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