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OGX diz ter encontrado gás no MA

A OGX anunciou ontem a descoberta de gás natural na bacia terrestre do Parnaíba, no Maranhão. A empresa informou que identificou a presença de gás ao perfurar um poço em bloco situado a cerca de 260 quilômetros da capital maranhense, São Luís. Eike Batista, presidente da OGX, estimou, com base nos resultados dessa perfuração, que o potencial de reservas na área onde detém blocos na bacia do Parnaíba pode ficar entre 10 e 15 trilhões de pés cúbicos (TCF).


Seria um volume suficiente, segundo ele, para sustentar uma produção de 15 milhões de metros cúbicos de gás por dia, metade da capacidade de transporte do Gasoduto Brasil-Bolívia (Gasbol). No total, a OGX detém sete blocos terrestres que somam cerca de 21 mil m2 de área. Batista disse que a produção prevista por ele - e não confirmada pela OGX - nos blocos da bacia do Parnaíba seria equivalente a 25% da produção brasileira de gás, de cerca de 60 milhões de m3 por dia.

Um analista ouvido pelo Valor disse que a descoberta foi boa notícia para a empresa, mas criticou a projeção feita por Batista que não teria uma análise técnica mais aprofundada. Em teleconferência, Batista disse que as projeções "eram do Eike", em uma referência a si mesmo. Batista afirmou que a estimativa dele se baseou nos trabalhos de sísmica e em "extrapolações" a partir dos resultados obtidos no poço perfurado. A ação ordinária da OGX fechou ontem com alta de 2,51%.

Paulo Mendonça, diretor-geral da OGX, disse que os dados obtidos até o momento na bacia do Parnaíba permitiram mapear 20 prospectos. O plano da empresa é fazer 15 poços exploratórios na região, o que vai significar gastos de US$ 400 milhões. Um dos objetivos é contratar mais sondas de perfuração. A descoberta abre, segundo Mendonça, nova fronteira exploratória em bacia terrestre, o que não ocorria há cerca de duas décadas.

O planejamento da OGX é fornecer o gás para geração termelétrica pela MPX (empresa de energia do grupo) na própria região. Outro projeto é fornecer gás natural para a indústria de mineração da região norte. A MPX tem licença prévia para implantar usinas térmicas a gás natural que serão instaladas perto das áreas de produção de gás natural. Somadas, essas usinas podem chegar a 1.863 megawatts (MW) de potência instalada em um investimento estimado em US$ 1,4 bilhão. Com o potencial de desenvolvimento da produção de gás na bacia do Parnaíba, Batista disse que o parque térmico a ser instalado na região deve ser duplicado.

Segundo ele, a geração térmica em cima de campos de gás era o plano que pretendia desenvolver na Bolívia, mas o presidente boliviano, Evo Morales, recusou o projeto. Batista também informou que grandes empresas da indústria de petróleo estão interessadas na compra de uma fatia entre 25% e 30% que a OGX está vendendo em sete blocos exploratórios que detém na Bacia de Campos.

Fonte: Valor Econômico/ Francisco Góes, do Rio

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