A empresa de exploração de petróleo OGX, do grupo EBX, está tentando contratar ao menos mais um navio-plataforma, do tipo FPSO (flutuante, produtora, armazenadora e de transferência). Uma unidade já foi comprada pela OSX, braço de estaleiros e serviços navais do grupo que vai fornecer e operar todas as 19 plataformas que serão necessárias até 2019, por meio de leasing, para a petroleira.
De acordo com o diretor-geral da OGX, Paulo Mendonça, a decisão sobre a compra ou o arrendamento da segunda unidade vai depender das condições de mercado. Após almoço promovido pela Câmara Britânica de Comércio, no Rio de Janeiro, ele disse acreditar que as negociações sejam concluídas dentro de três meses.
A segunda unidade será enviada para um dos blocos nas águas rasas da Bacia de Campos: Vesúvio ou Waimea. Todos os 19 sistemas produtores - que incluem as 19 plataformas FPSO, cinco TLWP (sigla em inglês para Tension-Leg Wellhead Leg Platform) e 24 plataformas fixas - serão construídos ou montados no estaleiro da OSX.
"Temos certeza de que o estaleiro que a OSX está montando terá capacidade de suprir, sozinho a necessidade da OGX. Aliás, ele está sendo desenhado para suprir pelo menos essa necessidade", disse Mendonça.
Apesar de planejar o início da produção de petróleo para o primeiro semestre do ano que vem, com os testes de longa duração (TLD) na Bacia de Campos, o diretor-geral afirmou que poderá buscar expansão internacional, caso os próximos leilões da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) não tragam áreas interessantes.
A petroleira poderá começar a explorar petróleo na Colômbia, país onde diversos membros da diretoria têm grande conhecimento técnico. Além disso, a OGX cogita entrar na exploração na costa ocidental do continente africano.
"Você tem que ficar olhando saídas. Obviamente que se houver leilões no Brasil que apresentem potencial razoável, nós não vamos. Nossa ideia não é sair, é focar no Brasil e será continuar focando no Brasil", disse o diretor-geral.
Ele disse ainda não se preocupar com a queda dos preços do petróleo no mercado internacional, já que os projetos se sustentariam com o barril valendo até US$ 22.
Sobre o acidente com uma sonda de perfuração que prestava serviços para a OGX e que matou dois funcionários, Mendonça disse que "o que aconteceu não tem nada a ver com a operação" da companhia.
Fonte: Valor Econômico/Juliana Ennes, do Rio
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