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OGX pode ter participação diluída em bloco

Em meio a crise financeira que pode culminar em um processo de recuperação judicial, a OGX, petroleira do grupo EBX, de Eike Batista, pode ter sua participação de 40% no bloco BS-4, na Bacia de Santos, diluída se não cumprir com as obrigações de investimentos na área. A hipótese foi levantada em relatório do Citi sobre a Queiroz Galvão Exploração e Produção (QGEP), sócia da OGX no bloco, com 30%. A outra sócia é a Barra Energia (30%).

De acordo com o banco, nesse caso, a participação da OGX no bloco, onde estão localizados os campos de Atlanta e Oliva, seria repassada aos demais sócios pelo valor contábil, de US$ 280 milhões. O valor é menor que o estimado pelo Citi para a fatia da OGX no bloco, US$ 340 milhões. O valor total do BS-4, calculado pelo banco, é US$ 850 milhões.

Segundo o Citi, a OGX pode tentar vender a participação no BS-4 por um preço melhor. Mas um acordo, para o banco, dependeria da reestruturação corporativa da companhia e/ou da conclusão da venda do campo de Tubarão Martelo para a Petronas.

O Valor apurou que a OGX não tem interesse em se desfazer da fatia no BS-4. Em recente entrevista, o presidente da petroleira, Luiz Eduardo Carneiro, disse que a participação no bloco é o melhor ativo da empresa.

Procurada, a Barra Energia informou, em nota, que a OGX está em dia com os compromissos financeiros do bloco. "O BS-4 é um ativo muito importante para todos os membros do consórcio, e acreditamos que a OGX o considera como uma de suas mais altas prioridades", completou a companhia. A QGEP não quis comentar o assunto, por se tratar de um tema de gestão da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

A agência informou que a operação de diluição de capital é procedimento padrão nos "joint operating agreement" (acordo de operação conjunta), firmados entre concessionários que formam consórcio de um bloco. A autarquia acrescentou que a fiscalização desse tipo de operação entre companhias de capital aberto é feita pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

O BS-4 tem uma série de investimentos previstos nos próximos anos. Segundo a QGEP, operadora da área, até o fim do ano será perfurado um poço horizontal na região. Para 2014, são previstos o desenvolvimento do campo de Atlanta e o início da perfuração do prospecto de Piapara, na camada pré-sal do bloco.

A aquisição pela OGX da fatia de 40% da Petrobras no BS-4 foi anunciada em novembro de 2012, pelo valor de US$ 270 milhões. A operação, porém, só foi aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) em agosto deste ano, com a aplicação de multa de R$ 3 milhões à petroleira de Eike por ter efetivado o negócio antes da autorização do órgão antitruste.

A OGX continua negociando com a Petronas a venda de participação nos blocos BM-C-39 e BM-C-40, onde está o campo de Tubarão Martelo, na Bacia de Campos. A ideia original era se desfazer de apenas 40% dos dois blocos. Mas a companhia brasileira estuda negociar a integralidade das duas áreas, caso o acordo inicial não evolua.

Fonte: Valor Econômico/Rodrigo Polito | Do Rio






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