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Pasadena é o calo e conteúdo local é o trunfo da Petrobras

No caso Pasadena, não há muita defesa. A titular da Petrobras, Graça Foster, fez o que pôde no Senado. Não podia criticar muito a operação, para não deixar mal a seu antecessor, Sérgio Gabrieli, muito menos o ex-presidente Lula. E ainda precisava levar em conta que Dilma Rousseff era a presidente do conselho da estatal, na época do “affaire”. Com ou sem boas informações, Dilma sancionou a compra. Graça apenas aceitou ter sido mau negócio e declarou que as perdas para a empresa foram de US$ 530 milhões. A oposição apresenta valores muito maiores, mas, pela primeira vez, o governo admite uma perda efetiva.

Mas, se no caso Pasadena a emblemática estatal fala fino, o balanço da política de conteúdo local, implementada por Lula e mantida por Dilma, é um sucesso absoluto. Os estaleiros passaram de 2 mil para 80 mil empregados, desde 2003, e os empregos na indústria fornecedora são estimados em 300 mil. Na cerimônia de recebimento, pela Transpetro, do Dragão do Mar e lançamento ao mar do Henrique Dias, no Atlântico Sul, em Pernambuco, a presidente Dilma Rousseff aproveitou para bater, com dados, na oposição. Lembrou que, em 2003, diziam a ela e Graça que não se podia fazer navio ou plataforma por aqui. “Nós duas somos incrédulas, quando se trata de desmerecer o trabalhador brasileiro”, afirmou com sorriso nos lábios. Lembrou que surgiram estaleiros por todo o país: “Há escolhas que um presidente faz que mudam a história. Decidimos que a Petrobras devia priorizar o produto nacional, criar aqui empregos, qualificar trabalhadores. Precisamos nos transformar cada vez num país mais rico, e não exportar para fora do Brasil aquilo que se tem de mais sagrado, que é o emprego de cada um dos brasileiros e das famílias brasileiras”.


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Nos oitos anos de governo do PSDB, a Petrobras/Transpetro não comprou sequer um navio no mercado interno e importou dois. Desde 2003, a Transpetro encomendou 46 navios. No momento, há em construção 15 plataformas de petróleo e 28 navios-sonda. Com esses dados na mão, Dilma ironizou: “Eu tenho orgulho de nós termos reconstruído a indústria naval”. O presidente do Sindicato da Construção Naval (Sinaval), Ariovaldo Rocha, falou na mesma linha: “A política de conteúdo local é um sucesso. O contrário seria pagar, em dólares, por equipamentos estrangeiros, que não geram riqueza no país nem representam salários para os trabalhadores brasileiros. Os estrangeiros cobram em dólares, atrasam, muitas vezes não cumprem exigências ambientais e, na Ásia, parece não haver fiscais do trabalho”.

Diversas empresas confirmam que têm fornecido a estaleiros. Uma delas é a Tubos Ipiranga, com sede em São Paulo. A empresa informa que para o Eisa foram entregues aproximadamente 250 toneladas de tubos pretos/galvanizados de várias dimensões para fabricação de 22 unidades de embarcações. Ao Vard Niterói (ex-STX) houve fornecimento de 458 toneladas de tubos pretos/galvanizados e conexões para fabricação de duas unidades de navios. Já a Navegação São Miguel recebeu mais de 210 toneladas produtos para construção de quatro unidades de apoio marítimo. “As perspectivas da Tubos Ipiranga são positivas para os próximos anos devido às projeções de ampliação na exploração do petróleo”, diz nota da empresa, em relação a uma política – de conteúdo local – cujos méritos parecem superar, com folga, os problemas. Nesta terça-feira, a Tenaris, produtora de tubos de qualidade, com sede em Luxemburgo, inaugurou Centro de Pesquisa, de US$ 39 milhões, no Parque Tecnológico da UFRJ. O presidente da Tenaris, Renato Catallini, disse que o fazia “de olho no pré-sal”.

Fonte: Monitor Mercantil/Sergio Barreto Motta

 






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