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Pequenas e médias petroleiras voltam a investir no Brasil

Botteri, da brasileira Great Oil, estuda participar da 14ª Rodada da ANP, prevista para 2017, de olho em áreas terrestres
A melhora da expectativa com relação à economia brasileira, a estabilização da situação política, a nova agenda do governo com relação ao setor petrolífero e o programa de venda de ativos da Petrobras estão estimulando a participação de petroleiras de menor porte, nacionais e estrangeiras, no mercado do país.

Este é o caso da LetterOne Energy, com sede em Luxemburgo, e que tem como presidente do conselho de administração Lorde Browne, que respondeu pela presidência mundial da petroleira britânica BP entre os anos 1995 e 2007. O objetivo da empresa é que o Brasil responda por pelos 25% do portfólio da companhia no futuro.


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Atualmente, a empresa, que em 2015 comprou 100% da alemã DEA, produz cerca de 120 mil barris diários, com foco, sobretudo, na Alemanha e Noruega.

"Estamos determinados e gostaríamos de vir para o Brasil. Temos muito interesse. O Brasil tem capacidade em pré-sal, pós-sal, onshore [área terrestre], offshore [marítima]. O Brasil tem muito potencial de exploração", afirmou Browne, que esteve no Brasil há algumas semanas, para cumprir reuniões de negócios e participar da Rio Oil & Gas, principal evento do setor petrolífero da América Latina.

O objetivo, segundo o executivo, é que o Brasil contribua para a meta da empresa de alcançar 300 mil barris diários de produção. Ele, porém, não quis precisar uma data para atingir essa marca.

No radar da companhia, estão os três leilões que a Agência Nacional do Petróleo (ANP) pretende fazer em 2017 e o plano de venda de ativos da Petrobras. Nesse momento, o foco da LetterOne no Brasil são ativos de exploração e produção (E&P) de petróleo e gás natural. Mas no futuro, contou Browne, a empresa tem planos de investir em energia eólica e solar.

Outra companhia que tem planos de expandir seus negócios no país é a australiana Karoon, responsável pela descoberta de Echidna, na Bacia de Campos, prevista inicialmente para começar a produzir em 2020. A empresa está em negociações com a Petrobras para comprar 100% do campo de Golfinho (Bacia do Espírito Santo) e uma fatia de 50% em Tartaruga Verde (na Bacia de Campos).

Com as aquisições, a Karoon pretende antecipar sua produção no país, já que Golfinho é um ativo operacional, com produção média de 45 mil barris diários. Tartaruga, por sua vez, está previsto para entrar em operação em 2017.

A brasileira Great Oil é outra que mira novas oportunidades no país. A empresa adquiriu em setembro uma participação de 95% da Alvopetro no bloco REC-T-107, na Bacia do Recôncavo. A petroleira, dos sócios Rubens Botteri e José Antonio de Magalhães Lins, já possui outros dois blocos na Bahia (REC-T-108 e REC-T-42), ambos adquiridos na 13ª Rodada, em 2015.

A companhia, que participou da etapa inicial da concorrência do "Projeto Topázio", pelo qual a Petrobras planeja vender campos terrestres, mantém interesse nesses ativos. A empresa avalia a possibilidade de negociar uma participação com os futuros compradores das áreas. A Great Oil também estuda participar da 14ª Rodada, em 2017, de olho em áreas terrestres no leilão.

Ao contrário de outras empresas, o investimento em blocos petrolíferos é uma atividade secundária da Great Oil, cujo principal negócio é prestar serviços perfuração. A empresa, por exemplo, vai perfurar dois poços para a Parnaíba Gás Natural (PGN), subsidiária integral da Eneva, na Bacia do Parnaíba (MA) em 2017.

Outro foco do grupo é o fornecimento de um novo tipo de fluido de perfuração. O produto, por ser feito com nanopartículas, consegue obter o mesmo desempenho de fluidos sintéticos, apesar de ser a base de água. Com isso, o fluido tem o mesmo resultado, porém, sendo biodegradável, portanto, não poluente.

Fonte: Valor






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