Até o final deste mês a Petrobras deve assinar contrato de afretamento dos últimos sete de um total de 19 navios que integram o chamado Programa EBN. A contratação foi aprovada na reunião de diretoria da estatal realizada na última sexta-feira, 26. A empresa de navegação King Fish vai contratar três navios de 45 mil tpb destinados ao transporte de produtos escuros na cabotagem. Já a Pancoast Navegação, subsidiária da grega Pancoast Trading, conquistou o contrato de quatro navios de 30 mil tpb, sendo dois para o transporte de produtos claros e dois para produtos escuros. Atualmente a Pancoast opera no transporte de granéis secos com navios afretados e o graneleiro "Mimosa K", ex-"Lily", comprado em 2007 da Aliança Navegação. A encomenda da Pancoast deverá ser feita ao estaleiro Rionave, que funciona nas instalações do antigo estaleiro Caneco, no Caju, Rio de Janeiro. O projeto é da Projemar e as obras devem ser iniciadas no início do próximo ano. Até lá o estaleiro deverá passar por obras de modernização. As empresas pretendem utilizar recursos do Fundo da Marinha Mercante, mas ainda não têm aprovação de prioridade para os financiamentos.
O programa EBN prevê o contrato de afretamento por período de 15 anos de navios operados por empresas de navegação brasileiras e construídos em estaleiros nacionais. Todos os navios devem entrar em operação até 2014.
No final de dezembro a Petrobras já havia assinado três contratos. Um com a Navegação São Miguel para três embarcações de 4,5 mil tpb destinadas ao transporte de bunker e que serão construídas no estaleiro do próprio grupo. Outro com a Delima Comércio e Navegação do mesmo tipo só que de 2,5 mil tpb e que serão contratados ao estaleiro Renave Enavi, também do grupo do armador. E ainda três navios de 45 mil para o transporte de produtos claros e contratados pela Global Transportes Oceânicos. Em janeiro foi assinado com a Empresa de Navegação Elcano o contrato de afretamento para três navios gaseiros com capacidade para 7 mil metros cúbicos. Os navios deverão ser construídos no estaleiro Itajaí, que também pertence ao grupo espanhol Elcano.
Segundo a Petrobras, as contratações visam reduzir a dependência externa do mercado de fretes marítimos e contribuir para a geração de empregos no Brasil. (da Redação)
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