Avaliação é do presidente da companhia, que não vê no pacote do governo um desincentivo ao investimento
SÃO PAULO - A decisão anunciada na semana passada pelo Banco Central e Conselho Monetário Nacional de aplicar medidas de contenção de crédito não deverá prejudicar os planos de investimentos de empresas fornecedoras da indústria de óleo e gás. Essa é a análise do presidente da Petrobrás, José Sergio Gabrielli, presente hoje no VI Congresso Paulista de Jovens Empreendedores. "Acredito que essas medidas sejam parte de uma política de inibição ao consumo de longo prazo, e não um instrumento de desincentivo ao investimento", afirmou Gabrielli, para quem ainda há uma clara política federal de estímulo ao desenvolvimento.
Segundo o executivo, a indústria nacional tem superado as exigências da companhia em relação à capacidade de fornecimento ao setor. Essa situação, entretanto, pode ser alterada caso haja uma aceleração das etapas de licitação de novas áreas de exploração, principalmente no pré-sal. "Na medida em que acelerarmos o ritmo de investimentos, certos estrangulamentos vão começar a aparecer", destacou.
Conforme lei aprovada no Congresso, a Petrobrás é operadora única das áreas do pré-sal que venham a ser licitadas e deverá deter um uma participação mínima de 30% em cada projeto de exploração.
A aceleração das licitações por parte da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) tornaria mais difícil a tarefa dos fornecedores, principalmente de pequeno e médio porte, em acompanhar as necessidades das empresas responsáveis pela exploração de petróleo e gás em território nacional.
Fonte: Agência Estado/André Magnabosco
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