A Petrobras fechou um acordo de exploração no mar Negro com a americana Exxon Mobil e a estatal turca TPAO, segundo comunicado divulgado ontem. A Petrobras tinha 50% do bloco; com o contrato efetuado com a Exxon, cada uma agora terá participação de de 25% nos blocos da TPAO-Petrobras na costa da Turquia no mar Negro. O acordo entrará em vigor assim que aprovado pelo governo turco.
A Petrobras iniciou sua operação na Turquia em fevereiro de 2006, possuindo atualmente a concessão do bloco 3922 (Sinop). "O acordo permite que a TPAO, a Petrobras e a ExxonMobil progridam conjuntamente nas atividades de exploração no Mar Negro e aproveitem as sinergias que existem entre as três empresas", disse o gerente executivo da Petrobras para Américas, África e Eurásia, Fernando Cunha.
O diretor de exploração da Exxon Mobil, Russ Bellis, disse, por sua vez, estar otimista com a participação maior da empresa na exploração em águas profundas do mar Negro. O executivo-chefe da TPAO, Mehmet Uysal, afirmou que as tecnologias e o conhecimento das três empresas permitirão "explorar o potencial comercial das reservas no mar Negro".
A plataforma de perfuração que será utilizada no projeto - sonda Leiv Eiriksson - chegou à Turquia em 31 de dezembro. A previsão é que as atividades de perfuração sejam iniciadas neste trimestre, no poço Sinop-1, situado a cerca de 145 quilômetros da cidade de Sinop, em águas ultraprofundas do Mar Negro. A região é considerada uma das últimas fronteiras petrolíferas do mundo.
Em maio do ano passado, em Ancara, o o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o chefe de Estado da Turquia, Abdullah Gül, destacaram o acordo entre a Petrobras e a TPAO de exploração conjunta de petróleo no mar Negro, com um investimento de US$ 800 milhões.
Lula lembrou então que a Petrobras está em busca de parceiros estrangeiros a fim de crescer até tornar-se "a maior companhia petrolífera do mundo". "Não queremos ficar no segundo ou no terceiro lugar. Por isso, aumentaremos o número de parceiros estrangeiros", disse.
EUROPA. A Petrobras está costurando um acordo com a portuguesa Galp para entrar no mercado europeu de combustíveis como exportadora de diesel ainda nesta década, relatam fontes da companhia, que estão participando da elaboração do novo plano de investimentos referente ao período de 2010-2015.
Hoje deficitária em diesel, a companhia estuda rever os planos de algumas das refinarias projetadas para aumentar a produção deste derivado em detrimento de outros.
"Há uma dieselização dos dois principais mercados consumidores, que são os Estados Unidos e a União Europeia. A tendência é de que o consumo deste combustível aumente muito nos próximos anos. Como teremos a produção excedente do pré-sal, vamos direcionar o processamento nas refinarias para este produto", disse uma alta fonte da estatal, destacando que o principal foco será o mercado europeu. "Nós já estamos nos Estados Unidos por meio da nossa refinaria em Pasadena e temos todo interesse em entrar no mercado europeu". (Fonte: Jornal do Commercio/RJ/Com agências)
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