Em meio à recuperação da demanda por gás natural, após a crise financeira internacional, a Petrobras inaugura na sexta-feira o gasoduto Paulínia (SP) - Jacutinga (MG), com capacidade de transporte de 5 milhões de metros cúbicos por dia e 93 quilômetros de extensão. O projeto demandou investimentos de R$ 275 milhões e está incluído no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Em 2008, o volume de gás comercializado pela Petrobras atingiu, em média, 38 milhões de metros cúbicos/dia. Como reflexo da crise financeira internacional a partir do fim daquele ano e até o fim do primeiro trimestre de 2009, o volume caiu para 28 milhões de metros cúbicos/dia e, segundo o gerente executivo de Marketing e Comercialização da companhia, Antônio Eduardo de Castro, já está retomando aos níveis pré-crise, no patamar de 37 milhões de metros cúbicos/dia.
A meta, estabelecida no Plano de Negócios da Petrobras, projeta um volume de comercialização de 49 milhões de metros cúbicos/dia até 2012 (excluindo o gás das termelétricas).
Para atender a região sul de Minas Gerais, a estatal instalou em Jacutinga um ponto de entrega com capacidade para 1,25 milhão de metros cúbicos/dia. A partir daí, caberá à Companhia de Gás de Minas Gerais (Gasmig), da qual a Petrobras é acionista, a distribuição e o desenvolvimento do mercado na região.
Paralelamente, a Petrobras deverá terminar nas próximas semanas as obras do gasoduto do sul de Minas, com a instalação de um ramal entre Jacutinga e Poços de Caldas, de 110 quilômetros de extensão. O mercado potencial de gás na região compreende as indústrias dos setores de alimentos, alumínio e cerâmica. "Estamos abrindo uma nova fronteira de mercado", disse Castro.
Este será o primeiro gasoduto para atendimento do Estado, desde a entrada em operação do Gasoduto de Belo Horizonte (Gasbel I), em 1994. O novo duto tem origem em Paulínia, em São Paulo, onde está instalado o Hub 3. Neste ponto, estão interligados ainda os gasodutos Campinas-Rio (Gascar) e os trechos Sul, Norte e Replan Guararema do gasoduto Bolívia Brasil (Gasbol).
Conforme o gerente geral de Implementação de Empreendimento de Gás e Energia, Marcelo Restum, a estratégia para o novo duto é permitir a flexibilidade, contando com outras fontes de fornecimento que não apenas o gás proveniente da Bolívia para garantir o atendimento da demanda.
A expectativa é de que até o fim de 2011 o volume de gás contratado para a região sul de Minas atinja um total de 500 mil metros cúbicos/dia.(Fonte: Jornal do Commercio/RJ/Raquel Massote da agência estado/Com agência Estado)
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