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Petrobras incluirá no balanço perdas com a corrupção

Rio - A Petrobras admite reconhecer perdas e rever o valor de ativos como a Refinaria Abreu e Lima (Rnest), que tenham sido afetados por contratos superfaturados e fraudulentos decorrentes do esquema de corrupção investigado pela Operação Lava Jato. A estatal encaminhou comunicado ao mercado indicando que realiza “avaliação individual de ativos e projetos” para a divulgação de seus resultados financeiros, previstos para serem publicados no próximo dia 27 após dois adiamentos.

Em resposta a ofício encaminhado pela BM&FBovespa, a estatal ressaltou que realiza “avaliação individual de ativos e projetos cuja constituição se deu por meio de contratos de fornecimento de bens e serviços firmados com empresas citadas na Operação Lava Jato, inclusive a Refinaria Abreu e Lima (Rnest), o que poderá resultar no reconhecimento de perdas e consequente revisão de seu ativo imobilizado atual”.

A estatal já havia indicado que poderia comunicar essas baixas contábeis quando anunciou o primeiro adiamento de seu balanço, em novembro. Na ocasião, a estatal justificou o atraso na divulgação dos resultados financeiros pela necessidade de levantar mais informações sobre o impacto da corrupção em seus ativos, que seria o “maior risco de ajustes” no balanço, segundo o diretor financeiro Almir Barbassa.

A nota divulgada ontem confirma a materialidade dos ajustes decorrentes da corrupção. O comunicado foi um esclarecimento às informações publicadas na imprensa de que a estatal já sabia, em 2012, que a Rnest daria prejuízos de US$ 3,2 bilhões. Um relatório de auditoria indicou que o tema foi discutido no conselho de administração, com a recomendação para a divulgação da baixa contábil. À época, a área financeira refutou a hipótese

A estatal indicou ter desconsiderado a estimativa de prejuízo alegando que os dados estavam desatualizados. Segundo a nota, o relatório elaborado em 2012 “registrou o resultado de uma atualização econômica em relação às condições da época da aprovação do projeto (2009)”. Para a estatal, esse relatório “não apresentava uma visão prospectiva que permitisse subsidiar decisão de continuidade do projeto”.

Em 2012, o conselho da Petrobras aprovou a continuidade das obras. Segundo a estatal, naquele momento cerca de 60% do projeto estava construído e tinha “praticamente todos os compromissos já assumidos em contratos de bens e serviços”.

A estatal também responsabilizou o ex-diretor  de abastecimento Paulo Roberto Costa pela decisão de acelerar as contratações, a partir da elaboração de um Plano de Antecipação da Refinaria (PAR), em 2007.

Para a estatal, a decisão gerou “grande número de aditamentos contratuais”na Rnest. A obra símbolo da corrupção na estatal partiu de um orçamento “preliminar” de US$ 2,4 bilhões e hoje, com cerca de 80% de avanço físico, custa US$ 18,8 bilhões.

Fonte: Tribuna do Norte (RN) Natal






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