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Petrobras obtém Lucro líquido de R$ 21,928 bilhões no 1º semestre

A Companhia apresentou no primeiro semestre de 2011 resultado líquido de R$ 21 bilhões 928 milhões, 37% superior ao registrado em igual período de 2010. Contribuiu para este resultado o aumento na receita de vendas de 12% que foi impulsionado por: crescimento de 2% na produção nacional de óleo e gás natural e, principalmente, pelo aumento no volume vendido de derivados (+9%) e gás natural (+7%) no mercado interno, comercializados a preços mais elevados em função do aumento de 5% do preço médio de realização.

Os preços das commodities refletiram o aumento de 44% da cotação média do petróleo Brent (que passou de US$ 77,27/barril para US$ 111,16/barril) o que elevou as receitas das exportações e das vendas do segmento internacional.

No mesmo período, o custo do produto vendido (CPV) subiu 16%, impactado, especialmente, por maiores gastos com importações de petróleo e derivados - notadamente o diesel, - aumento do custo de extração,
participações governamentais e do custo de refino. As despesas operacionais aumentaram 7% em relação ao 1S10, principalmente devido a maiores gastos com prospecção e exploração (R$ 512 milhões) e
despesas administrativas (R$ 448 milhões). A Companhia registrou um lucro operacional 3% superior e uma geração operacional de caixa (EBITDA) 4% maior em relação ao 1S10.

O melhor resultado financeiro líquido (variação positiva de R$ 6 bilhões249 milhões) contribuiu para o resultado líquido do semestre, fruto da valorização cambial (+ 6,3%) sobre o endividamento da Companhia atrelado ao dólar e do aumento das receitas com aplicações financeiras.

No 1º semestre deste ano, a Companhia desembolsou R$ 4 bilhões 827 milhões a título de juros sobre o capital próprio e R$ 1 bilhão 565 milhões sob forma de dividendos para seus acionistas. Também foi
aprovada a 2ª parcela de distribuição antecipada de juros sobre o capital próprio, no montante de R$ 2 bilhões 609 milhões a ser paga até outubro próximo.

Lucro líquido do 2T11 alcançou R$ 10 bilhões 942 milhões – Resultado líquido do trimestre permaneceu estável em relação ao 1T11. A receita de vendas aumentou 12% no trimestre, reflexo dos maiores volumes vendidos de derivados (+8%) e gás natural (+2%) no mercado doméstico, a preços mais elevados, e maiores preços das exportações de petróleo. Este aumento foi compensado pelo incremento no CPV de
19% no período, devido ao maior volume de derivados importados, principalmente diesel e gasolina, para atender o mercado doméstico. Também contribuíram para compensar esse aumento, o crescimento dos
custos de extração e de refino. As despesas operacionais aumentaram 7% com maiores gastos em prospecção e exploração (R$ 257 milhões) e em provisão para ajuste a valor de mercado dos estoques (R$
119 milhões). A Companhia registrou melhor resultado financeiro (variação positiva de R$ 873 milhões) no trimestre devido aos ganhos cambiais sobre o endividamento atrelado ao dólar e receitas financeiras.

A produção total de petróleo e gás natural da Petrobras no Brasil e exterior, no 1S11, aumentou 2% em relação ao mesmo período de 2010, atingindo a média diária de 2 milhões 613 mil barris de óleo equivalente (boed).

No Brasil, a produção total de óleo e gás foi 2% superior no comparativo 1S11 vs 1S10, alcançando o volume de 2 milhões 379 mil boed. A produção de gás no período aumentou 7% devido principalmente à
maior demanda de gás natural nacional (+24%), impulsionada pelo crescimento do mercado não termelétrico (+10%) e termelétrico (+15%).

A produção de petróleo nacional atingiu o volume médio diário no primeiro semestre de 2 milhões 31 mil barris/dia, valor 2% superior ao do 1S10. Esse crescimento foi sustentado pela elevação dos volumes
produzidos em plataformas existentes, como também pelos Testes de Longa Duração (TLDs) e produção do projeto piloto de Lula, que registrou, em maio, recorde de produtividade de seu primeiro poço, com produção média de 36.322 boed.

A produção total de petróleo e gás natural da Petrobras no Brasil e exterior, no 2T11, caiu 1% em relação ao 1T11, devido a paradas para manutenção de plataformas no Brasil e pela menor cota de produção
alocada à Companhia na Nigéria, após recuperação do custo-óleo do Campo de Agbami.

INVESTIMENTOS

Os investimentos no 1º semestre de 2011 totalizaram R$ 32 bilhões, com destaque para os recursos destinados às atividades de E&P e Abastecimento, que juntos responderam por 84% do volume total investido. Esse montante representa queda de 16% em relação ao 1S10 devido à conclusão de grandes projetos naquele ano e pela apreciação do real frente ao dólar em 10%. Como em média 40% dos investimentos da Petrobras são em dólar, gastam-se menos reais para um determinado montante em dólar.

Em julho desse ano, a Companhia divulgou o novo Plano de Negócios 2011-2015, com investimentos totalizando US$ 224,7 bilhões (R$ 389 bilhões). De acordo com o Plano, o segmento de Exploração e
Produção deverá receber investimentos de US$ 127,5 bilhões, representando um aumento de 7,3% em relação ao Plano de Negócios 2010-2014. Os investimentos enfatizam as atividades no pré-sal e, pela
primeira vez, contemplam as atividades da área da Cessão Onerosa. Para esse ano, foi feita a revisão dos investimentos totais previstos de R$ 93,7 bilhões para R$ 84,7 bilhões.

Pela primeira vez, foi adicionado ao novo Plano de Negócios um programa de desinvestimentos e reestruturação de ativos no montante de US$ 13,6 bilhões, visando maior rentabilidade e eficiência na
gestão dos ativos da Companhia.

o preço do petróleo nacional, em dólar, vendido pela Petrobras aumentou 38% no comparativo 1S11 vs 1S10. No mesmo período, o preço médio, em dólar, dos derivados vendidos no
mercado interno cresceu 15%.

O spread entre o preço médio do petróleo nacional e a cotação do Brent aumentou de US$ 3,92/barril no 1S10, para US$ 9,67/bbl no 1S11, refletindo a elevação das cotações internacionais e a disparidade entre os óleos “leves” e “pesados”.

Destaca-se no semestre a utilização de 92% da capacidade nominal do parque de refino, em decorrência dos investimentos em melhorias operacionais e aumento da capacidade instalada de processamento primário da Companhia, o que atingiu patamares recordes, superiores a 2 milhões de barris diários. O processamento de petróleo nesse semestre foi 5% superior ao do 1S10. Do volume total processado, 81% vieram dos campos brasileiros.

A Petrobras continua investindo em complexidade e melhoria da qualidade, o que permitirá reduzir o teor de enxofre dos combustíveis e adequá-los aos melhores padrões de qualidade exigidos.

As vendas no mercado doméstico no 1S11 refletiram, principalmente, o crescimento econômico e foram 8% superiores às do 1S10, com destaque para o óleo diesel, gasolina, QAV (querosene de aviação) e gás natural. As vendas de diesel aumentaram 9%, em função da demanda aquecida de modo geral, com destaque para o agronegócio. O volume vendido de gasolina foi 17% superior, refletindo a sua maior competitividade frente ao etanol, e o crescimento da frota de veículos.

O aumento de 7% nas vendas de gás natural foi em função da maior demanda por geração de energia termelétrica (+15%), assim como da demanda não termelétrica (+10%), impulsionada pelo crescimento industrial. As vendas de QAV aumentaram 17%, em decorrência da maior oferta de voos domésticos e internacionais, fruto do incremento da renda e da apreciação do real frente ao dólar.

O custo de extração no país, em reais, aumentou R$ 2,72/bbl em relação ao 1S10, em função de maiores gastos com intervenções em poços, manutenção preventiva e com pessoal. A elevada atividade de intervenção e manutenção é necessária para a preservação da produção dos campos produtores, especialmente dos campos maduros. Além das participações governamentais, soma-se aos motivos mencionados, o maior preço de referência do petróleo nacional.

No mesmo período, o custo de refino no país elevou-se em R$ 1,40/bbl devido aos maiores gastos com paradas programadas, materiais de consumo e conservação, e com pessoal. O parque de refino vem
recebendo uma grande quantidade de obras. Os objetivos são aumentar a conversão de óleo pesado, melhorar a qualidade dos combustíveis e ampliar a capacidade.

As atividades operacionais da Companhia no 1º semestre de 2011 geraram fluxo de caixa líquido de R$ 27 bilhões 172 milhões, 18% superior ao 1S10, influenciado pelo aumento da produção, das vendas e preços do petróleo e derivados mais elevados.

A Companhia manteve elevada liquidez ao final do 1S11, com recursos em caixa alcançando R$ 34 bilhões 673 milhões e títulos públicos federais (com vencimento superior a 90 dias) no valor de R$ 24 bilhões 788 milhões, totalizando R$ 59 bilhões 461 milhões.Isso possibilitou a manutenção do nível de alavancagem no patamar de 17% e ganhos com aplicações financeiras e contribuiu para o alcance do índice Dívida Líquida/EBITDA para 1,07x.

Em junho de 2011, a agência de classificação de risco Moody´s reconheceu a melhora de risco da dívida da Petrobras em moeda estrangeira e elevou a nota (rating) da Companhia de Baa1 para A3, assim como da dívida de suas subsidiárias com garantia da Petrobras. Essa elevação da nota poderá contribuir para a ampliação da base de investidores da Companhia e para a redução dos custos de captação de recursos.

Cabe ressaltar que, no Plano de Negócios 2011-2015, a Companhia manteve as premissas de não realizar um novo processo de capitalização no período, além da meta de manter o grau de investimento pelas
principais agências de rating.

A contribuição econômica da Petrobras, medida por meio da geração de impostos, taxas e contribuições sociais correntes, totalizou R$ 39 bilhões 137 milhões. Em relação ao 1S10, as participações governamentais no País aumentaram devido ao acréscimo de 29% no preço médio de referência do petróleo nacional, que alcançou R$ 159,33/bbl (US$ 97,86/bbl) contra R$ 123,66/bbl (US$ 68,88/bbl), refletindo as cotações internacionais do petróleo.

As participações governamentais no País aumentaram em relação ao 1T11 em função do acréscimo de 9% no preço médio de referência do petróleo nacional, que alcançou R$ 165,55/bbl (US$ 103,82/bbl) contra
R$153,11/bbl (US$ 91,90/bbl), reflexo das cotações internacionais.

Fonte: Agência Petrobras






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