A Petrobras vai contratar 6 mil novos funcionários até 2013, mantendo um ritmo de dois concursos por ano. A idéia é que um seja realizado no primeiro semestre e o outro no segundo para “aproveitar as melhores cabeças que saem das escolas do Brasil”, afirma a gerente de Recursos Humanos da estatal, Mariângela Mundim. A política de contratações da Petrobras não passa por exigências de experiência, portanto, quem pretende trabalhar numa das empresas mais desejadas do País deve focar nos estudos e acompanhar os editais já lançados.
Mariângela informa que a estatal petrolífera tem hoje em torno de 58 mil funcionários e a diretoria aprovou um aumento na força de trabalho para 64.605 colaboradores nos próximos dois anos. Empreendimentos como a Refinaria Abreu e Lima e a exploração do Pré-Sal são os propulsores do crescimento da empresa. “Nossa refinaria mais novinha é de 1980. Estamos construindo novas unidades, com a de Pernambuco, e temos o complexo petroquímico do Rio. São novos empreendimentos que exigem admissões”, argumenta.
Ela disse que o processo de contratações já começou faz tempo, inclusive para a Refinaria Abreu e Lima, que já tem pessoal da estatal em operação. Mas uma grande parte já foi aprovada em concursos anteriores e está sendo formada por meio de cursos e operação em outras plantas de refino da empresa. “A gente vem fazendo isso há algum tempo, treinando o profissional para se acostumar com a companhia, entender nossos processos e cultura. Temos de fazer antes de entrar em operação.”
Como novos concursos vão aparecer, é bom saber que nas refinarias o perfil dos trabalhadores é de cargo técnico, numa proporção de 80% de técnicos e 20% de nível superior. São demandados técnicos de operação, manutenção, instrumentista, inspeção de equipamentos, dentro de uma variada gama de processos. Apesar de a expectativa ser a criação de 6 mil empregos em dois anos, o processo de contratação da companhia petrolífera é contínuo. “Nunca podemos deixar de fazer as admissões sistemáticas para não ter apagão de mão de obra daqui a 10 anos. Estamos sempre recompondo o quadro de empregados.”
Nesse sentido a Petrobras se destaca por ser uma das poucas empresas do setor que vem empregando sem exigir experiência. “Preferimos contratar pessoas em início de carreira. É mais produtivo, pois dessa forma é mais fácil de aprender o nosso jeito de trabalhar”, diz Mariângela. “O importante é o jovem ter disposição para o trabalho, ser curioso, criativo e inovador, além, é claro, dos conhecimentos técnicos necessários. E para isso é necessário estudar numa boa escola técnica.”
Depois de entrar na companhia, o céu é o limite para quem se destaca. A Petrobras mantém um processo de análise de desempenho contínuo, na qual a cada ano são definidas metas de produtividade em cada área da empresa. “Com isso a gente tem o acompanhamento do desempenho do empregado e os melhores são promovidos. É um estímulo para o profissional progredir na carreira, por isso ele tem de ter empenho. Nossa meta é que todos os empregados fiquem 35 anos na empresa. Queremos retê-lo.”
Para se ter uma idéia, no último edital lançado para mais de 800 vagas, que está em andamento – as inscrições já estão encerradas – os cargos de nível superior pagam inicialmente até R$ 6.217,19 e os de nível técnico, até R$ 2.615,86. A empresa informa que dentro de seu plano de carreira o profissional começa no nível júnior, depois passa para pleno e depois sênior, sendo que em cada uma dessas etapas há níveis de graduação. A empresa só divulga os salários contidos no edital.
A quantidade de pessoas necessárias para a operação da Refinaria Abreu e Lima, prevista para 2013, não foi divulgada pela empresa. Em outubro do ano passado, o presidente da refinaria, Marcelino Guedes, disse que a empresa iria contratar 400 pessoas para a área administrativa este ano, foram 300 que já passaram em concurso do ano passado.
Fonte: Jornal do Commercio (PE)
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