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Petróleo é encontrado no litoral de Sergipe

A nova fronteira petrolífera foi localizada em águas ultraprofundas, numa área com características geológicas semelhantes às encontradas na Bacia de Campos, maior produtora de petróleo do País

RIO – A Petrobras anunciou ontem a descoberta de uma nova fronteira petrolífera no País, em águas ultraprofundas no litoral de Sergipe. Segundo a empresa, o primeiro poço perfurado na região encontrou volumes de petróleo superiores a qualquer descoberta já feita na região. A empresa, porém, diz que é cedo para falar no potencial da região. No primeiro poço, encontrou “dezenas de milhões de barris”.

A descoberta foi comemorada pela empresa por tratar-se de uma área com características geológicas semelhantes às encontradas na Bacia de Campos, maior produtora de petróleo do País, que tem a maior parte de suas reservas em rocha chamada turbidito. “A Petrobras é reconhecida como empresa de águas profundas e fez escola nos turbiditos da Bacia de Campos”, comentou o gerente executivo de exploração da Petrobras, Mário Carminatti.

A descoberta de petróleo fica no bloco exploratório SEAL-M-426, a 58 quilômetros da costa de Sergipe. Apesar da pouca distância, a lâmina d"águaância entre a superfície e o fundo do mar) na área é de 2,34 mil metros, maior do que a de Tupi, na Bacia de Santos, que gira em torno dos 2,1 mil metros. O poço ainda está sendo perfurado, em busca de objetivos mais profundos.

Além da semelhança geológica com a Bacia de Campos, a Petrobras se animou com a qualidade do óleo encontrado no poço, que é do tipo leve, semelhante ao do pré-sal, com maior valor de venda no mercado internacional. A Petrobras é hoje importador de petróleo leve, que mistura ao pesado óleo nacional para maior produção de diesel em suas refinarias.

Sergipe tem hoje pequena produção de petróleo no mar, na casa dos 8 mil barris por dia, em campos em águas rasas. O único campo produtor em águas profundas na região é Piranema, localizado em uma lâmina d’água de 800 metros, a 90 quilômetros da nova descoberta. O projeto, que também tem óleo de boa qualidade, vem sendo usado pela Petrobras para testar um novo tipo de plataforma, de casco cilíndrico, que resistiria melhor às oscilações das marés.

A Petrobras tem duas concessões em águas ultraprofundas na área da descoberta e, segundo Carminatti, planeja a perfuração de novos poços em consequência da descoberta anunciada ontem. O compromisso inicial com a Agência Nacional do Petróleo (ANP) prevê dois novos poços. “Mas não pretendemos parar por aí. Queremos fazer outras atividades na região”, afirmou Carminatti, durante entrevista para anunciar o início da produção definitiva de Tupi.

RESERVAS

Atualmente, o Nordeste tem grande atividade petrolífera apenas em terra, em bacias já exploradas desde antes da descoberta das primeiras reservas gigantes de petróleo na Bacia de Campos. Sergipe, por exemplo, produz quatro vezes mais petróleo em terra do que no mar, segundo dados compilados pela ANP, que incluem também a produção de companhias privadas.
Fonte: Jornal do Commercio (PE)



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