O plano da Hyundai Heavy Industries de adquirir a Daewoo Shipbuilding & Marine Engineering encontrou um grande obstáculo, depois de perder um prazo da União Europeia para tratar de questões antitruste.
A sul-coreana Hyundai Heavy, segunda maior construtora de navios do mundo, concordou em março de 2019 em adquirir a rival, a quarta do ranking, Daewoo Shipbuilding, que na época estava enfrentando uma grave crise financeira. O negócio recebeu luz verde na China e em Cingapura, mas aguarda aprovação regulatória na União Europeia, Japão e Coreia do Sul.
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Os reguladores da União Europeia estão preocupados com o fato de a Hyundai Heavy e a Daewoo Shipbuilding, juntas, controlarem mais de 60% do mercado global de transportadores de gás natural liquefeito (GNL). Eles solicitaram que a Hyundai Heavy tomasse medidas para reduzir as preocupações com a concorrência, como a venda de seu negócio de GNL.
A Hyundai Heavy havia oferecido concessões como o congelamento dos preços dos navios. Mas os dois lados parecem não ter conseguido chegar a um acordo antes do prazo final da União Europeia.
As ações da Daewoo Shipbuilding caíram mais de 5% no decorrer do pregão da segunda-feira na Bolsa de Valores de Seul, devido à crescente preocupação com o destino do negócio.
"O domínio do mercado não pode ser avaliado apenas pela participação de mercado na indústria de construção naval", disse a Hyundai em um comunicado, respondendo ao pedido da União Europeia.
As autoridades europeias devem tomar uma decisão sobre o negócio já em janeiro. A Hyundai disse que fará todos os esforços para receber a aprovação.
A Hyundai Heavy deve expandir sua participação no mercado global para 22,6% ao adquirir a Daewoo Shipbuilding, ultrapassando a China State Shipbuilding como a maior construtora de navios do mundo.
Ela planeja aninhar a Daewoo Shipbuilding sob sua própria holding, a Korea Shipbuilding & Offshore Engineering, que foi estabelecida especificamente com vistas à aquisição.
Fonte: Valor