O I Encontro do Polo Naval de Manaus representa o marco estratégico para o planejamento, organização, coordenação, administração e controle da construção naval e da indústria náutica no Amazonas.
As estratégias para a construção do Polo Naval de Manaus (PNM) têm comando e controle. Isso significa planejamento, coordenação, organização, administração. As articulações começaram de forma correta e continuarão dessa forma enquanto as decisões levarem em consideração a cadeia produtiva da construção naval e da indústria náutica com todos os atores em questão.
A competitividade do setor da construção naval e da indústria náutica é elevada em âmbito internacional e nacional. As regiões Sudeste e Nordeste conhecem bem esse mercado, no qual a integração da cadeia produtiva é condição básica de sustentabilidade do próprio negócio; a capacitação técnica dos trabalhadores é uma necessidade intrínseca para a manutenção da qualidade da produção e a regularização das condições de trabalho da mão-de-obra são características obrigatórias à obtenção e manutenção da competitividade. São esses os parâmetros a serem estruturados pelo comando e controle do Polo Naval de Manaus.
Não se trata apenas de cadastrar todos os estaleiros atualmente em funcionamento na capital do Amazonas; realizar levantamento da capacidade produtiva de cada unidade de produção e estabelecer a integração. Considerando-se que atualmente os asiáticos são os principais construtores navais do mundo; as características em vigor naqueles polos garantem a competitividade da indústria e a posição de liderança mundial. As características básicas são: integração total da cadeia produtiva; legalização das condições trabalhistas; atualização e aperfeiçoamento dos profissionais do setor; atualização tecnológica; terceirização somente por excesso da capacidade de produção e não para reduzir custos; produção para transporte de cargas, passageiros e também para esporte e lazer.
Essas características, inicialmente, assustam, quando comparadas com as condições da construção naval e da indústria náutica no Amazonas, embora a tradição e os conhecimentos adquiridos pelo setor estejam garantindo o atendimento da demanda regional e local por embarcações.
Então, o comando e controle das estratégias para as articulações da construção do Polo Naval de Manaus são reais e o I Encontro do Polo Naval de Manaus, ocorrido em 18/01/2011, promovido pela Superintendência da Zona Franca de Manaus, representa a primeira tomada de decisão oficial para que atores internacionais, nacionais, regionais e locais interessados no processo de construção do PNM ultrapassem a busca de dados e informações para o diagnóstico da realidade naval do Amazonas. E assim, poderão estabelecer um marco regulatório para a construção naval no Amazonas, a partir do qual todas aquelas características já apresentadas neste texto e mais algumas especificidades regionais deverão se somar na construção do Polo Naval de Manaus, um Polo com características próprias e em condições de contribuir para o desenvolvimento socioeconômico local, regional e nacional.
Sabendo-se que o Plano de Desenvolvimento Sustentável e Integrado da Região Metropolitana de Manaus identificou o município de Novo Airão como vocacionado para a construção do Polo Naval Tradicional e a cidade de Manaus como a responsável pela construção do Polo Naval, torna-se clara a interação entre as estratégias em andamento e a vocação de Manaus para o desenvolvimento da Região Metropolitana de Manaus.
Se o PMN atenderá somente aos mercados local e regional ou aos mercados nacional e internacional é uma questão a ser definida no interior da estruturação do processo e, principalmente, após o atendimento das necessidades intrínsecas à busca da competitividade do setor. Uma vez construída as condições para a conquista da competitividade, as demandas surgirão e os mercados se efetivarão. O momento agora é de inteligência, trabalho e compromisso com o desenvolvimento; e tudo isso somente é possível com comando e controle.
Fonte: D24AM/Por Evandro Brandão Barbosa
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