SANTOS - O Porto de Santos (SP) triplicará de tamanho em 15 anos e espera a captar investimentos da Petrobras para viabilizar áreas de expansão e desenvolvimento para a indústria de petróleo. A afirmação é do presidente da Companhia das Docas do Estado de São Paulo (Codesp), José Roberto Serra. "O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) não captou esses estudos, apenas avaliou a criação de terminais de grãos e contêineres, e também a possibilidade de terminais navais. Mas não descartamos essa possibilidade", afirmou ele, ontem, ao apresentar junto do ministro da Secretaria Especial de Portos (SEP), Pedro Brito, um estudo sobre a ampliação do Porto santista.
Segundo Brito, o Porto de Santos estará pelo menos três vezes maior em 15 anos. "A mesma coisa vai acontecer com os contêineres. Vamos passar de 3 milhões de TEUs (unidade de medida de contêiner de 20 pés) para 9 milhões. Então, isso é uma consolidação definitiva de Santos como hub port (porto concentrador) brasileiro", disse. Ele destacou ainda a mudança do conjunto de acessos terrestres à Baixada Santista, em que estudo do BNDES terá de prevê equilíbrio entre os modais de transporte de carga para os próximos 15 anos no porto. Em 2005, 58% da carga recebida na cidade vieram por meio de caminhões e 25%, por trem.
Em relação ao segmento de granéis líquidos, fertilizantes e enxofre, o estudo apresentado ontem fala de um quadro que requer aceleração dos negócios. Além da Brasil Terminal Portuário (BTP), que também atenderá este setor, há a implantação de novos berços para este tipo de carga, como Ilha Barnabé e o Terminal de Alemoa, ambos em Santos. A área de Conceiçãozinha será para granéis sólidos.
Gargalo
Sobre a possibilidade do porto se tornar um gargalo para o Estado de São Paulo, Brito comentou que estudos estão sendo apresentados para que não haja somente planejamento para a ampliação do porto, mas também para transportes terrestres, já que as escalas irão aumentar.
"Não podemos sustentar este crescimento baseados em um complexo de rodovias. É preciso investir principalmente em ferrovias. Aliás, isso faz parte do Plano Nacional de Logística e transportes (PNLT), essa mudança da matriz de transportes no Brasil. Pretendemos dobrar o número de ferrovias até 2025, que hoje conta com apenas 13%", salientou Brito. O ministro também comentou que projetos de novas obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2), ainda serão concluídas para a discussão na Casa Civil na próxima semana.(Fonte: DCI/ Daniel Popov)
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