Empreendimento de R$ 100 mi pode gerar 1,2 mil empregos
O plano de revitalização do Porto do Recife inclui projetos avançados e extremamente importantes para a Capital e o Estado. Um deles está em plena negociação. E há até quem diga que um evento solene estaria sendo marcado em 15 dias para o anúncio de implantação de um estaleiro neste ancoradouro. Quando questionado sobre o assunto, o secretário de Desenvolvimento Econômico, Fernando Bezerra Coelho, mostrou-se surpreso com o fato, mas confirmou as conversas visando a instalação do empreendimento, que teria R$ 100 milhões em investimento e criaria 1,2 mil empregos diretos.
“As negociações estão muito avançadas. Já fomos pedir apoio à Prefeitura para mexer na legislatura de ISS (Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza)”, revelou Bezerra Coelho, adotando a cautela a respeito da confirmação do projeto. Fala-se que o grupo interessado é de origem japonesa e fabricará módulos de plataforma de petróleo para a Petrobras. Ou seja, houve uma demanda da estatal e um contrato teria sido firmado com a companhia. Só não há a convicção se essa procura já tem ligação com a produção de pré-sal nas bacias de Santos, São Paulo e Espírito Santo. A reportagem da Folha não conseguiu contato com a direção do porto recifense.
No que toca ao ISS, o prefeito do Recife, João da Costa, esclareceu que o Complexo Industrial Portuário de Suape cobra atualmente 2% do imposto para as empresas que se instalam no seu território. “Enquanto isso, nós cobramos um percentual de 5%. A Prefeitura já concedeu incentivos tributários em outras ocasiões e está analisando a possibilidade de solicitar 2% desse grupo”, contou. Um exemplo prático das exceções em casos de redução de ISS é o Porto Digital, que paga apenas 2,5% para operar no Recife Antigo.
Em Suape, o Estaleiro Atlântico Sul, que lançará nesta sexta o seu primeiro navio ao mar, está empregando 1,3 mil trabalhadores no pico das obras. A Petrobras voltou a fazer encomendas por conta da idade avançada de sua frota (a maioria está com 19 anos e 25 anos é o tempo de duração de um navio). A iniciativa simboliza o ressurgimento da indústria naval no País.
Fonte: Jornal do Commercio (PE)
PUBLICIDADE