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Produtividade do pré-sal sobe e dá alívio à Petrobras

Mesmo com corte de investimento, a Petrobras tem conseguido evitar uma queda maior na produção de petróleo e gás graças ao aumento significativo da produtividade dos campos do pré-sal. Em 2017, a produção diária de barris de petróleo vai cair de 2,145 milhões para 2,070 milhões, mas, nos anos seguintes, a curva de produção vai crescer, apesar dos desinvestimentos e do declínio da extração na Bacia de Campos.

A expectativa é que, em 2021, a produção atinja 3,4 milhões de barris de óleo equivalente por dia, o que colocará a Petrobras entre as maiores do mundo. "A produtividade está bem maior. Em média, antecipava-se que [no campo de Lula, da camada pré-sal] seria de 15 mil barris diários por poço. O que estamos encontrando são 25 mil barris por dia, chegando 40 mil barris", disse, em entrevista ao Valor PRO, o presidente da companhia, Pedro Parente.


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A estatal conseguiu reduzir, de 330 dias para algo inferior a cem, o tempo de perfuração e estabilização dos poços do pré-sal. "Para chegar ao topo da capacidade de cada plataforma, estimava-se a necessidade de oito poços. Entretanto, hoje só precisamos de seis. Então, são menos plataformas para a produção total de um campo. Isso significa uma redução de custos importante", revelou.

Parente informou que a estatal pretende encontrar sócios privados para as suas refinarias, novas e antigas, e que uma futura ampliação da capacidade dependerá disso. Nesse segmento, há uma concentração muito forte na Petrobras, o que, observou o executivo, não é bom nem para a empresa nem para o país.

O interesse de sócios privados dependerá da política de preços da estatal, que, segundo confirmou Parente, caminhará para a paridade com os preços internacionais. Ao enfatizar que a perda de mercado é uma variável importante na definição dos preços dos combustíveis, ele sinalizou que a Petrobras deverá reduzir os valores atuais, como espera o mercado.

A companhia não quer se desfazer do parque de termelétricas, mas tenta convencer o governo a colocar essas usinas na base do sistema integrado de energia. "Hoje, somos remunerados apenas quando produzimos [quando o sistema precisa dessa energia]. Há uma tremenda incerteza nisso", explicou. "A disponibilidade da capacidade de geração não é remunerada adequadamente."

Fonte: Valor






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