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Programa para construção de submarino nuclear foi tema de palestra

O Programa de Desenvolvimento de Submarino com Propulsão Nuclear (Prosub) foi tema de palestra realizada na manhã de ontem, no Centro de Convívio dos Meninos do Mar (CCMar). O coordenador do Prosub, almirante-de-esquadra José Alberto Accioly Fragelli, foi o ministrante. Ele explicou o programa a militares, autoridades, estudantes e outras pessoas da comunidade interessadas no assunto. O Prosub prevê a construção de quatro submarinos convencionais e um submarino de propulsão nuclear. Para construí-los, o Brasil montará em Itaguaí (RJ) um estaleiro, uma base naval e uma extensão do estaleiro junto à Nuclep.
Conforme Fragelli, a extensão do estaleiro já começou a ser construída e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva irá a Itaguaí em 6 de abril para colocar a pedra fundamental. Já o estaleiro começa a ser erguido em 5 de julho deste ano e deverá ficar pronto em 2014. O primeiro submarino convencional deve ficar pronto em 2016. O almirante-de-esquadra explica que primeiro serão construídos os quatro submarinos convencionais, para o País ganhar experiência e, em seguida, o de propulsão nuclear. Atualmente o Brasil tem cinco submarinos convencionais, mas menores do que os programados.
O projeto todo custará 6,75 bilhões de euros, valor que será pago ao longo de 20 anos, sendo que os cinco primeiros anos serão de carência. O Brasil vai desenvolver o programa em parceria com a França. Um banco francês está dando financiamento para a parte francesa e o Tesouro Nacional entrará com uma parte, considerada pequena, para construção do estaleiro e da base. O investimento de parte do governo federal deve ser de R$ 4,7 bilhões. Fragelli observa que a parceria com a França se deve ao fato de este país oferecer transferência de tecnologia.
"Só dois países do Ocidente fazem submarinos convencionais e nucleares - França e Rússia. Para chegarmos à etapa de projetar um submarino nuclear, precisamos ter capacidade para projetar um convencional, que é bem mais simples. Tinha que ser um país que oferecesse transferência de tecnologia e a França ofereceu. A Rússia não", ressalta. Ele acrescenta que o importante é essa transferência para o Brasil ficar independente de qualquer tecnologia. "A parte de propulsão nuclear é toda brasileira. Ninguém vai dar tecnologia para nós", ressaltou.
Apenas cinco países do primeiro mundo possuem submarino nuclear - França, Inglaterra, Estados Unidos, Rússia e China. O Brasil será o sexto. O coordenador do Prosub diz que é importante o Brasil ter um submarino nuclear porque esta é uma arma estratégica, de dissuasão, "que nem satélite detecta", e a economia do Brasil depende muito do mar. As palestras, que estão sendo feitas em todos os Distritos Navais, objetivam dar conhecimento ao público sobre o projeto, que é bastante complexo.(Fonte: Jornal Agora/Rio Grande,RS/Carmem Ziebell)






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