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Queiroz Galvão prevê investir US$ 130 milhões entre 2017 e 2018

A Queiroz Galvão Exploração e Produção (QGEP) prevê investir US$ 130 milhões entre 2017 e 2018, informou a diretora Financeira e de Relações com Investidores da companhia, Paula Côrte-Real. Desse total, US$ 70 milhões serão investidos neste ano - um montante US$ 3 milhões abaixo do previsto anteriormente pela empresa.

A companhia informou que prevê investir, ainda neste ano, US$ 38 milhões no desenvolvimento do campo de Atlanta, na Bacia de Santos, e US$ 30 milhões em exploração.


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Em 2016, a QGPE investiu US$ 53 milhões, abaixo do orçamento previsto de US$ 60 milhões. A empresa fechou 2016 com um saldo de caixa de R$ 1,3 bilhão. “Em conjunto com nossos fluxos de caixa futuros, [o saldo de caixa] é suficiente para financiar operações e investimentos por dois anos””, disse o presidente da companhia, Lincoln Guardado.

Os executivos participaram de teleconferência com analistas para comentar o desempenho da empresa referente ao quarto trimestre do ano passado, bem como o resultado anual de 2016, anunciados na noite de quarta-feira.

Manati

A QGEP prevê que em 2017 a produção de gás natural do campo de Manati, na Bacia de Camamu, litoral do Estado da Bahia, se mantenha nos mesmos patamares do ano passado, de 4,9 milhões de metros cúbicos diários. Segundo Guardado, a queda de 12,5% da produção no ano passado, em comparação com 2015, foi atribuída à redução da demanda de gás natural no Brasil - influenciada por declínio na atividade econômica.

A companhia informou, ainda, que ao longo de 2016, gastou R$ 30 milhões com a manutenção e pintura da plataforma de Manati. A expectativa é que, em 2017, esta atividade deverá ser concluída, com dispêndio adicional de R$ 8 milhões.

Venda de ativos

A QGEP já iniciou o processo de venda de parte de suas participações nos blocos exploratórios onde detém fatia de 100%. A expectativa da companhia é anunciar alguma operação até meados do ano. “Estamos tendo respostas muito boas do "data-room". Em meados deste ano esperamos ter uma definição dos resultados dessas negociações”, disse o superintendente de exploração da companhia, José Milton Mendes.

Segundo a empresa, a venda de parte da fatia de 40% da OGX - petroleira do extinto grupo EBX -, no campo de Atlanta está “evoluindo bem”, afirmou a diretora Financeira e de Relações com Investidores, Paula Côrte-Real. A Queiroz é operadora do projeto e sócia da OGX no campo. A executiva não mencionou qual percentual que a OGX estaria colocando à venda.

“O processo vem evoluindo bem e é a solução para a cura do default [dívida que a OGX detém com a QGEP, devido ao não cumprimento das chamadas de aporte de investimentos no projeto, ou ‘cash calls’]”, disse Paula. Ao todo, a OGX detém dívida de R$ 35,4 milhões com a companhia, referentes a ‘cash calls’ já vencidos ao final de 2016.

Ainda segundo a Queiroz Galvão, a companhia emitiu nova chamada de aporte, no valor de R$7,9 milhões, com vencimento em janeiro de 2017 - mas a OGX ainda não honrou o investimento.

Fonte: Valor






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