A Rolls-Royce acaba de assinar memorando de entendimento com a empresa espanhola de transporte marítimo Baleària. O acordo é relativo ao desenvolvimento de sistemas de propulsão a gás para três balsas de alta velocidade da operadora que, atualmente, são movidas a diesel.
A Baleària é a empresa responsável por operar balsas que ligam a Espanha continental às Ilhas Baleares, por meio do Estreito de Gibraltar. A companhia pretende converter três de suas balsas do diesel para o gás natural liquefeito (GNL), por ser este último um combustível mais limpo e também mais barato.
De acordo com o CEO da Baleària, Adolfo Utor, o acordo será estratégico para o futuro da empresa. “Com a troca de combustível, teremos embarcações de alta velocidade mais competitivas no mercado e também menos agressivas ao meio ambiente”, afirmou, ao lembrar que o uso do GNL reduzirá em cerca de 25% as emissões de gás carbônico.
O presidente da Rolls-Royce na América do Sul, Francisco Itzaina, destacou que a popularidade do GNL como combustível marítimo vem aumentando nos últimos anos, especialmente por conta de um controle mais rigoroso sobre emissões e do custo elevado do petróleo. “Esse é o nosso primeiro projeto de GNL na Espanha, que se junta a uma lista crescente de países onde operadores estão cada vez mais interessados no GNL como forma de reduzir emissões e custos operacionais", comentou o executivo. "Estamos muito satisfeitos por trabalhar com a Baleària nesse projeto. É mais uma demonstração de que o GNL é uma opção séria não apenas para novas frotas, mas também para aquelas já existentes”, acrescentou.
A Rolls-Royce é líder no fornecimento de sistemas de propulsão a GNL. O projeto Baleària envolverá o desenvolvimento de uma proposta com aspectos técnicos e econômicos para conversão das balsas HSC Ramon Llull, HSC Jaume II e HSC Jaume III. As duas companhias trabalharão em conjunto para o desenvolvimento do sistema de propulsão paras as embarcações. Já as alterações que envolverem a arquitetura naval das balsas para a conversão ficarão a cargo da empresa também espanhola Cotenaval.
(Da Redação)
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