Embarcação que custou R$ 16,5 milhões tem capacidade para transportar até 4,7 mil toneladas
A Navegação Aliança batiza nesta quinta-feira, no cais do porto da Capital, o seu segundo navio da série Fundadores, o Frederico Madörin. A embarcação é resultado de um investimento de R$ 16,5 milhões cujos financiadores foram o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (Bndes), CaixaRS e Fundo da Marinha Mercante.
O novo navio da Navegação Aliança, que é controlada pelo grupo Trevisa, terá capacidade para transportar até 4,7 mil toneladas. Conforme o diretor operacional da Navegação Aliança, Ático Scherer, deverão ser movimentadas com a embarcação principalmente cargas como soja, cavacos de madeira e fertilizantes entre Rio Grande e Porto Alegre e no sentido inverso. Ele informa que as operações do navio deverão ser iniciadas ainda neste mês.
Scherer comenta que a embarcação aumentará em cerca de 10% a capacidade de transporte da empresa. "Nós sempre apostamos no potencial da hidrovia gaúcha", enfatiza o dirigente. O Frederico Madörin terá 103 metros de comprimento e 15,5 metros de boca (largura máxima da baliza mestra). Carregado, poderá alcançar uma velocidade de 6,5 nós e vazio, 7 nós (um nó equivale a uma milha náutica por hora ou 1.852 metros por hora).
A fabricação e montagem do navio foram realizadas pela empresa Intecnial, de Erechim, no estaleiro da Navegação Aliança localizado no município de Taquari. Um dos diferenciais do Frederico Madörin é o investimento em tecnologia e sustentabilidade. O navio utiliza internamente material reciclado, como placas de forração fabricadas com caixas de leite longa-vida e tecido de lona de caminhão.
Antes do Frederico Madörin, a Navegação Aliança tinha lançado em 2006, dentro da série Fundadores, o Germano Becker, com capacidade para transportar 5,4 mil toneladas. A empresa ainda avalia a construção do João Mallmann, com capacidade para 4,7 mil toneladas, mas o projeto não tem data definida para ser desenvolvido. A madrinha do novo navio da Navegação Aliança será Suzanne Lindemann, filha de Frederico Madörin, um dos fundadores da Trevisa.
Fonte: Jornal do Commercio (RS)
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