Após meses em operação, o time do projeto FlatFish completou, com sucesso e segurança, o teste em águas rasas, em Salvador, na Bahia. Este feito marca a finalização da fase II do projeto, que teve início em agosto de 2016. Liderado pela gerente de tecnologia submarina da Shell, Rosane Zagatti, o projeto foi da fase zero até o protótipo de qualificação completo e teste em águas rasas em apenas três anos.
O FlatFish é um dos projetos no Brasil do Programa Levy de R&D para desenvolver, qualificar e comercializar um veículo autônomo submarino (AUV, na sigla em inglês) que fica residente em uma garagem submarina para inspeções de infraestrutura. O objetivo é reduzir os custos das inspeções submarinas em cerca de 50%.
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“Um dos maiores desafios do FlatFish foi desenvolver um veículo que navegasse de forma autônoma, sem ajuda de operadores, e que fosse altamente confiável. O veículo atuará em um ambiente totalmente dinâmico e variável e precisava ser projetado para lidar com todas essas possibilidades, possuindo inteligência para avaliar a melhor maneira de solucionar todos os tipos de problema que encontrasse durante cada missão ”, explica Rosane Zagatti.
Durante o processo, a Shell inaugurou o Centro Brasileiro de Robótica no SENAI-Cimatec e agora está trabalhando em novos projetos incluindo robótica para inspeção de tanques de FPSO. Além do SENAI-Cimatec, o DFKI -Centro Alemão de Pesquisa para Inteligência Artifical também é parceiro no FlatFish assim como nos demais projetos.
“As negociações para comercialização já estão em andamento e nossa expectativa é que o teste de campo e a primeira implantação em ativos de águas rasas aconteça em 2018 e, em águas profundas, em 2019”, adianta Rosane.