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Navalshore

Sinaval alega que faltam estaleiros para reparos no setor

A indústria naval brasileira está navegando de vento em popa. Porém, o único "senão" diz respeito à carência de estaleiros para reparo. A afirmação, feita ao MONITOR MERCANTIL, é do presidente do Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval), Ariovaldo Santana Rocha, para quem este “pequeno problema”, na sua opinião, está sendo resolvido com a recuperação dos estaleiros Renave, Mauá, Sermetal, que, agora, também estão partindo para a construção de embarcações.

- O Brasil necessita, realmente, de uma empresa de reparo naval de grande porte, seja para embarcações de pequeno , médio ou grande porte, plataforma ou sonda. Enfim, que seja construído alguma coisa no Brasil. Tem muita especulação. Nós temos que fortalecer o que já existe e esperar para ver o que acontece e que venha um próximo estaleiro - comentou, informando que são cerca de 4,5 mil embarcações trafegando em portos do país. Isso sem mencionar, segundo ele, que é preciso contar com as plataformas e outros equipamentos que ainda não tem uma base para reparos.


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Para o presidente do Sinaval, o aumento do preço do aço vai refletir diretamente no custo das embarcações, cerca de 26%. Isso, conforme frisou, vai gerar um “grande transtorno”.

- Hoje, os asiáticos estão praticamente sem contratos. Então, isso (aumento do preço do aço) é uma forma deles fazerem alguma coisa contra a construção naval brasileira em função dos preços estarem aviltados - comentou, acrescentando que o Governo Federal “está de olhando isso” e, junto com o Sinaval, está estudando uma saída para que o setor seja competitivo mundialmente - não sei se a importação de aço é a solução. Mas, se os preços estiverem nessas condições, não vai ter outra saída a não ser importar.

Ariovaldo Rocha considera a nova estratégia da Petrobras de comprar sondas ótima para o país, uma vez que a estatal, com essa iniciativa, não fica na dependência de operadores, de importa equipamentos para explorar a costa brasileira.

- Isso é ótimo. Há quatro grupos de sete sondas da Petrobras.

Quanto aos recursos do Fundo de Marinha Mercante (FMM), Rocha ressaltou que todos os projetos estão sendo enquadrados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (Bndes).

- Há uma reorganização do banco e dos agentes financeiros. O governo já aprovou cerca de R$ 14 bilhões para o FMM em dezembro passado, sendo que deste total, acredito que cerca de R$ 5 bilhões já estejam sendo utilizado pelo mercado, enquadramento - comentou, acrescentando que o setor tem condições de colocar ao mar cerca de 15 embarcações/ano.

E para grandes embarcações, cerca de quatro ao ano - "então, estes recursos podem ser gastos em dois, três ou quatro anos".

- A carteira em eficácia, já financiados, gira em torno de US$ 6 bilhões. E o setor já emprega 48 mil trabalhadores e temos a expectativa de aumentar em mais dois mil a curto prazo e, até o final do ano, precisaremos de cerca de 60 mil trabalhadores - disse, acrescentando que cinco novos estaleiros serão instalados no país (Paraguaçu, na Bahia; Eisa, em Alagoas; Promar STX, no Ceará; Corema, em Manaus, e W.Torre, no Rio Grande do Sul).

Fonte: Monitor Mercantil/Marcelo Bernardes






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