Projeto é iniciativa ainda da gestão estadual passada. Agora, para desafogar o tráfego, acesso será usado até que a estrada principal seja feita
Quem precisa chegar ao Estaleiro Atlântico Sul (EAS) de carro conta hoje apenas com uma estrada de mão única, que só permite a passagem de um veículo por vez. A via é disputada por veículos pequenos e pesados e os motoristas são obrigados a enfrentar engarrafamentos nos horários de maior movimento. Na tentativa de diminuir os transtornos, enquanto não é concluído um acesso definitivo ao estaleiro, a diretoria do Complexo de Suape contratou a Construtora Venâncio Ltda. para revitalizar uma antiga estrada que leva até o empreendimento. O investimento será de R$ 1,099 milhão e a via servirá apenas ao tráfego de pequenos veículos.
O antigo acesso ao estaleiro foi construído ainda durante o governo Jarbas Vasconcelos/José Mendonça Filho e precisou ser interditado por conta de um trecho de 800 metros de solo mole, que não permitia o tráfego de veículos pesados. Para permitir a chegada ao EAS, a diretoria de Suape foi obrigada a construir uma estrada sobre o Rio Tatuoca, que é hoje a única opção de acesso. A presença de solo de mangue obrigou o governo a desembolsar R$ 12 milhões, que foram empregados no antigo acesso e no provisório.
O diretor de Engenharia e Meio Ambiente de Suape, Ricardo Padilha, diz que a intervenção no antigo acesso vai permitir o tráfego de carros pequenos e desafogar o trânsito na via provisória. “A solução de engenharia encontrada foi aumentar o número de canos (os chamados vasos comunicantes) para ajudar a escoar a água no trecho de mangue”, explica. A previsão é que a obra esteja concluída num prazo de 90 dias e a estrada seja liberada para o tráfego de veículos.
No período de pico das obras do Atlântico Sul, no ano passado, cerca de 3 mil veículos por dia passavam pelo local. “Esse fluxo foi reduzido com o final das obras do EAS, mas vai voltar a aumentar quando for iniciada a construção do estaleiro Promar, na Ilha de Tatuoca”, destaca Padilha.
ACESSO
O problema de acesso ao chamado cluster naval (polo que vai concentrar os estaleiros em Suape) só será resolvido quando forem concluídas as obras do acesso rodoferroviário à Ilha de Tatuoca. O projeto atrasou quase dois anos, em função de mudanças no traçado, de auditoria do Tribunal de Contas do Estado (TCE) e de demora no licenciamento ambiental.
Padilha diz que a ordem de serviço será dada esta semana. A obra custa R$ 88,1 milhões e será executada pela Galvão Engenharia. “O prazo previsto para a execução é de 12 meses. Com isso, esperamos usar a via a partir de setembro do próximo ano. O acesso rodoviário terá extensão de 11 km e o ferroviário de 12 km”, detalha. Ele explica que quando entrar em funcionamento, a via provisória será desativada.
]Fonte: Jornal do Commercio (PE)
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