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Techint demite após OSX reduzir encomenda

A crise nas empresas de Eike Batista deixou sem emprego 900 trabalhadores no interior do Paraná. A multinacional Techint demitiu na semana passada um terço do total de funcionários de sua unidade em Pontal do Paraná, a 115 quilômetros de Curitiba, depois da OSX (estaleiro do grupo EBX) cancelar a encomenda de uma plataforma de petróleo.

As demissões foram divulgadas pela procuradoria do município. A Techint confirma que dispensou funcionários, mas disse que não poderia divulgar o número de demitidos por sigilo exigido no contrato.

Em 2011, a Techint Engenharia e Construção foi contratada pela empresa de Eike Batista para construir duas plataformas de exploração de petróleo, WPH-1 e WPH-2, para a exploração na Bacia de Campos (RJ). O contrato para a construção das duas plataformas era de R$ 1 bilhão.

Para dar conta do pedido, a empresa investiu R$ 300 milhões na ampliação da unidade de produção, exclusiva para equipamentos utilizados offshore. No início do mês, porém, a OGX, empresa do grupo EBX do ramo de petróleo, divulgou comunicado mostrando a frustração com a produtividade de poços da Bacia de Campos.

Segundo a petroleira, não existe no momento tecnologia capaz de viabilizar o desenvolvimento de seus três poços no campo de Tubarão Azul e os já em operação poderão cessar a produção em 2014. Com isso, a empresa interrompeu a construção, pela subsidiária OSX, de cinco unidades de produção, entre elas uma das plataformas contratadas da Techint.

A segunda plataforma continua sendo montada e será destinada à exploração do poço de Tubarão Martelo, que deverá entrar em produção ainda neste ano. A Techint disse que as demissões em Portal do Paraná foram feitas por conta da readequação do projeto da plataforma WHP-2, que ainda será construída.

"As atividades na Unidade Offshore Techint seguem de acordo com essa adequação e os funcionários desligados estão recebendo todos os seus direitos, conforme previsto em lei, informou a empresa, em nota.

A Techint disse ainda que continua com os investimentos para a construção da plataforma P-76, para a Petrobras, que também será feita na unidade paranaense. A P-76 foi contratada em abril e deverá ser entregue em 2017.

De acordo com o procurador-geral de Pontal do Paraná, Carlos Marin, as demissões tiveram grande impacto econômico no município, que tem cerca de 20 mil habitantes. "Muitos comerciantes foram prejudicados, hotéis e restaurantes que haviam sido abertos para atender os funcionários da empresa poderão ter que fechar as portas."

Marin disse que os demitidos serão treinados para atender novas empresas que já anunciaram intenção de se instalar na cidade, principalmente do setor de indústria naval e cabos marítimos.

Em nota, a OSX informou que continua priorizando o projeto de construção da WHP-2. "A adequação no quadro de funcionários a serviço do projeto foi realizada de modo a atender ao atual estágio da obra, não sendo mais necessária uma maior concentração de funcionários. A companhia [OSX] reforça que o projeto não foi cancelado e atividades para conclusão da unidade seguem em curso no canteiro da Techint em Pontal do Paraná."

(Fonte: Valor Econômico/Lorenna Rodrigues | Para o Valor, de Curitiba/Colaborou Cláudia Schüffner, do Rio)


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