A UFRJ e a Petrobras assinaram, na última quarta-feira (12/5), durante cerimônia realizada no Salão Nobre da Decania do CCMN, um protocolo de intenções com o objetivo de estabelecer as bases para futura cooperação tecnológica nos estudos da camada pré-sal, de forma a gerar conhecimento para a exploração de petróleo armazenado nas rochas carbonáticas. Com a assinatura, as instituições se comprometem a viabilizar a criação do Sistema de Capacitação, Ciência e Tecnologia em Carbonatos (SCTC), que será formado por outras quatro instituições de ensino superior da região sudeste: Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita (Unesp), Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (Uenf) e Universidade Federal Fluminense (UFF).
O documento foi assinado pelo reitor Aloisio Teixeira e por Mário Caminatti, gerente executivo de Exploração e Produção da Petrobras. De acordo com o primeiro, as universidades, em especial a UFRJ, vivem um momento excepcional em termos de investimento e lembrou a estreita relação entre a instituição de ensino e a estatal. “Parte dessa excepcionalidade deve-se à Petrobras. Ela tem sido uma parceira para a recuperação das instituições de ensino superior brasileiras. A instalação de unidades da companhia e de outras empresas da área de petróleo e energia permitirá transformar a Cidade Unviersitária no maior centro de pesquisa e desenvolvimento do setor energético, o que será bom para o Rio de Janeiro e para todo o país”, disse Teixeira.
Para o professor João Graciano Mendonça, diretor do Instituto de Geociências e representante da coordenação do SCTC pela UFRJ, a rede de cooperação entre as universidades permitirá a elaboração de estudos mais profundos sobre a exploração de petróleo nas Bacias de Santos e de Campos. “A criação do programa sob coordenação das universidades e da Petrobras permitirá aperfeiçoar o modelo de relacionamento iniciado em 2006 com as Redes Temáticas. Dessa forma, o Brasil sairá na frente em estudos sobre rochas carbonáticas”, afimou Mendonça.
Segundo Aloisio Teixeira, há alguns anos as universidades competiam entre si para obter recursos. Hoje, com o incentivo da Petrobras, houve uma mudança significativa: “As universidades agora trabalham em rede, ou seja, deixaram de competir e passaram a participar de forma cooperativa”, comentou. Mário Caminatti, representante da Petrobras, destacou a relevância da UFRJ nas pesquisas com foco na área de estudo de modelos geológicos atuais aplicados ao pré-sal, setor que ficará sob coordenação da universidade no SCTC e destacou o fortalecimento das áreas de Ciência e Tecnologia: “A Petrobras tem investido bastante em Ciência e Tecnologia. A assinatura dessa parceria com as universidades é um passo significativo e emblemático para fortalecer as áreas estratégicas para o país”, enfatizou.
Redes Temáticas
O modelo das Redes Temáticas foi criado pela Petrobras em 2006, em parceria com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), voltado para o relacionamento com as universidades e institutos de pesquisas brasileiros. Hoje já existem 50 redes operando em parceria com 80 universidades e instituições de pesquisas de todo o Brasil. Nas redes, as instituições desenvolvem pesquisas em temas estratégicos para a indústria brasileira de energia. Os investimentos possibilitam às instituições conveniadas a implantação de infraestrutura, aquisição de modernos equipamentos, criação de laboratórios de padrão mundial de excelência, capacitação de pesquisadores/recursos humanos e desenvolvimento de projetos de pesquisa e desenvolvimento nas áreas de interesse.
Fonte: RODRIGO BAPTISTA - COORDCOM - UFRJ Online
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