As reservas de petróleo brasileiras encontradas na camada pré-sal do litoral brasileiro representam hoje um divisor de águas para o País. A previsão de investimentos na área de exploração de petróleo no mar (offshore), nos próximos dez anos, é de US$ 400 bilhões. Para atender à demanda gerada pelas descobertas, grande parte da indústria nacional e internacional já começa a se movimentar. Para a Organização Nacional da Indústria do Petróleo (Onip), que acaba de lançar uma cartilha com dez diretrizes que apontam soluções para evitar gargalos do setor, o cenário é otimista, mas é importante que a indústria local esteja preparada para as exigências que as descobertas trarão. Segundo a Onip, o pré-sal é o fato novo, é o que dá condições de um salto para a indústria nacional. Para a entidade, é fundamental que os gargalos sejam sanados.
A agenda com as diretrizes para o setor de petróleo da Onip tem como base um estudo realizado pela consultoria Booz & Company. Nele, são identificados os principais entraves e apresentadas as soluções para que o Brasil potencialize os benefícios gerados pelo grande volume de encomendas de bens e serviços a serem demandados para a exploração do pré-sal e do pós-sal.
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Entre as políticas citadas pela entidade estão a geração e disseminação de conhecimento, além da inovação ao longo da cadeia. A Onip aponta ainda o incremento da produtividade e aprimoramento de processos da produção local como fatores importantes para diminuir os gargalos existentes. A organização afirma que é necessário estimular a formação de centros de excelência tecnológica nos polos produtivos, assim como simplificar e aumentar a transparência das políticas de conteúdo local.
Por outro lado, o estudo aponta a necessidade de fortalecer o sistema empresarial e sua atuação internacional e garantir isonomia tributária, técnica e comercial entre competidores externos e locais. Finalmente, a Onip afirma que se deve estabelecer condições de financiamento e garantias competitivas internacionalmente. Para a entidade, a indústria nacional deve poder acessar matéria-prima, insumos e infraestrutura em condições competitivas. Trata-se de ações concretas "que precisam ser tomadas para que esta oportunidade não seja perdida", afirma a organização.
Fonte: DCI