Os gargalos causados pelas condições de seca que assolam o Canal do Panamá desde o final do ano passado poderão em breve terminar com a chegada das chuvas ainda este mês. Mas espera-se que a variabilidade climática continue a impactar a rota comercial global para além desta última crise, de acordo com o operador da hidrovia.
Diante de padrões climáticos cada vez mais irregulares e severos, algumas medidas de conservação da água poderiam se tornar permanentes, informou a Autoridade do Canal do Panamá à S&P Global Commodity Insights.
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A autoridade tomou uma medida sem precedentes para restringir o trânsito marítimo pela hidrovia no ano passado. O canal funciona como um atalho importante para cerca de 225 mil b/d de diesel e gasolina que fluem da Costa do Golfo dos EUA para os mercados latino-americanos do Pacífico. O canal também é um importante ponto de passagem para GNL e contêineres.
Com a previsão de chuvas, há esperança de que as restrições sejam amenizadas. Em 16 de abril, a autoridade anunciou sua intenção de aumentar os trânsitos diários de 24 para 32 a partir de 1º de junho — com 24 slots Panamax e oito slots Neopanamax maiores. A partir de 15 de junho, a restrição de calado de 44 pés para navios Neopanamax será aumentada para 45.
Mas a autoridade adverte que os planos continuam sujeitos às variações climáticas, alertando que as previsões meteorológicas se tornam menos previsíveis com mais de 50 dias de antecedência.