O ano de 2023 registrou um aumento de 3%, para 12,4 mil milhões de dólares no comércio marítimo, de acordo com dados da Clarksons Research.
A frota mundial também cresceu 3%, atingindo 2,3 mil milhões de toneladas de porte bruto (dwt). Mesmo com essa expansão, a carteira de encomendas de novas construções cresceu 3% em relação ao ano anterior, situando-se em 126 milhões de toneladas brutas compensadas (CGT).
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A construção naval registrou 35 milhões de CGT, com a China contribuindo com mais de 50% da produção total pela primeira vez na história.
Uma análise detalhada, segundo a Clarksons, revela níveis robustos de frete e tarifas diárias no domínio do transporte marítimo de “energia”, abrangendo os setores de gás, navios-tanque e petróleo e gás offshore.
O mercado de petroleiros viu outro ano muito forte, com ganhos médios dos petroleiros permanecendo elevados em US$ 40.775/dia (estável em relação a 2022: US$ 40.766/dia) — com ênfase no longo curso com a redistribuição dos fluxos de petróleo russos após o conflito na Ucrânia.
Os ganhos do VLCC aumentaram 80% no comparativo anual, para US$ 43.206/dia, devido à recuperação das importações chinesas de petróleo bruto e ao aumento das exportações do Atlântico.
Para os graneleiros, 2023 foi um ano fraco, com os ganhos médios caindo 40% em relação ao ano anterior, para US$ 12.371/dia, destaca a Clarksons. O quarto trimestre foi mais forte, com ganhos médios de US$ 17.468/dia.
Os fretes dos porta-contêineres caíram em 2023, com o mercado marítimo se normalizando após os anos de exceção 2021-22. As taxas médias caíram 71% no comparativo anual.