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Comércio exterior entre Brasil e países do BRICS desacelera

Um levantamento da Maersk Line aponta que o comércio entre o Brasil e demais países do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) vem desacelerando consideravelmente. A companhia associa o impacto a questões domésticas, como cenário macroeconômico e incertezas provenientes do período eleitoral, e externas, como a proibição russa à carne brasileira. Esse veto é um dos tópicos discutidos na 10ª Cúpula do BRICS, que acontece em Joanesburgo, na África do Sul. Para esta quarta-feira (25), está prevista reunião dos líderes dos cinco membros do grupo, que compõem 24% do PIB do mundo. 

A expectativa é que a contribuição dos BRICS para a economia global suba para 26,8% em 2022, de acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI). A Maersk acredita que o comércio exterior entre os BRICS continuará em expansão no médio e longo prazo, porém identifica muitos desafios para o Brasil no segundo semestre. Em seu último relatório de comércio, a empresa informou que espera performance abaixo da média para as importações no segundo semestre, ao passo que o forte desempenho da exportação de carne para a China vem pressionando a capacidade das empresas de transporte marítimo.

No primeiro trimestre de 2018, o comércio de cargas conteinerizadas entre os cinco países do BRICS cresceu 1,5% em comparação com o mesmo período do ano passado. No entanto, o resultado geral é consideravelmente menor do que a performance do comércio do Brasil com seus pares. Entre janeiro e março, a exportação do país para China, Rússia, índia e África do Sul subiu, respectivamente, 21%, 5,1%, 19% e 17%. Ao mesmo tempo, as importações desses países para o Brasil também aumentaram: 20%, 23%, 18% e 39%, respectivamente — para os resultados completos por país e principais commodities. Os dados foram fornecidos à Maersk pela Datamar.

O diretor de trade e marketing da Maersk Line para a costa leste da América do Sul, Matias Concha, explicou que os volumes transportados em contêineres estão abaixo dos volumes registrados no período pré-crise, em 2014. Além disso, esses resultados refletem as atividades do primeiro trimestre, quando o Brasil estava se beneficiando de um impulso nas importações relacionadas à Copa do Mundo e da expectativa de considerável melhora na economia em 2018. Como isso não aconteceu, o cenário macroeconômico não se recuperou conforme o esperado, já que investidores e empresas postergaram planos em meio às incertezas causadas pelas eleições presidenciais.

Concha aponta que os resultados do primeiro trimestre mostram como os produtores de carne brasileiros direcionaram seus esforços para a China, na intenção de mitigar os impactos causados pela restrição russa à carne brasileira. A exportação de carga refrigerada para a Rússia caiu de 21% no quarto trimestre de 2017 para 5,1% no primeiro trimestre deste ano. Já a exportação de aves para China cresceu 5,8% no primeiro trimestre em relação ao mesmo período do ano passado. “Atualmente, a exportação de carne para Rússia parou completamente, ao passo que as exportações de carga refrigerada da China estão crescendo”, destacou Concha.

 


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(Da Redação)






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