Militantes do grupo Houthi intensificaram ataques a navios no Mar Vermelho para mostrar seu apoio para o grupo islâmico palestino Hamas, que luta contra Israel em Gaza.
Os ataques ocorrem em rota que facilita o comércio Leste-Oeste, especialmente de petróleo, dando acesso ao Canal de Suez e com isso eliminando a circunavegação da África.
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A petrolífera BP juntou-se à lista de companhias marítimas que estão suspendendo suas operações pelo Mar Vermelho e pelo Canal de Suez, à medida que os ataques continuam ao largo da costa do Iêmen.
O preço do petróleo reverteu uma queda de vários dias, saltando de um a dois por cento nos mercados mundiais, depois que a BP informou estar implementando uma “pausa de precaução” para todos os seus navios que navegam pelo Mar Vermelho e pelo Canal de Suez.
Juntando-se à BP no anúncio da pausa no transporte marítimo, a Euronav confirmou que também decidiu evitar o Mar Vermelho. A principal operadora de petroleiros Suezmax anunciou que seus futuros contratos direcionam navios ao redor da África do Sul.
A Maersk Tankers se tornou na semana passada a primeira operadora de petroleiros a relatar cláusula semelhante na sua operação.
Segundo a Autoridade do Canal de Suez, 55 navios foram desviados para contornar o Cabo da Boa Esperança desde 19 de novembro. A autoridade sublinhou, no entanto, que 77 navios transitaram pelo Canal de Suez no domingo (17).
O número de armadores que já pausaram a navegação pelo Mar Vermelho, que estão considerando a paralisação ou desviado a rota tem crescido.
Uma lista divulgada nesta segunda-feira (18) inclui a petrolífera BP, a CMA CGM, a Equinor, Euronav, Evergreen, Frontiline, Hapag- Lloyd, Maersk, MSC, OOCL e a Yang Ming Marine.