Navios que transportam grãos a partir do porto de Rosário, principal polo exportador de soja e milho da Argentina, estão sendo forçados a sair com uma carga 30% menor devido à queda recorde do nível das águas do rio Paraná.
Devido ao baixo nível da água, os navios handymax estão atualmente carregando 13 mil toneladas a menos, enquanto os graneleiros panamax estão carregando 16 mil toneladas a menos, de acordo com Guillermo Wade, gerente da Câmara de Atividades Portuárias e Marítimas da Argentina (CAPyM), que falou à Reuters esta semana.
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Os níveis de água do rio Paraná têm sido uma preocupação há pelo menos um ano, fazendo com que os armadores cortem cargas para evitar o encalhe em águas rasas. O rio atingiu recentemente seu nível mais baixo desde o final de 2019. Ele foi medido a 0,43m abaixo do nível do mar, em comparação com uma média para esta época do ano de 3,24m, segundo a agência de águas argentina INA.
Janeiro é tipicamente um mês de menor tráfego fluvial, uma vez que as duas principais culturas da Argentina, milho e soja, ainda não foram colhidas, deixando o trigo como o principal grão embarcado.