Desde 1º de janeiro, por determinação da Organização Marítima Internacional (IMO), armadores devem utilizar combustível com baixo teor de enxofre (LSFO; 0,5% de enxofre) em substituição ao o óleo combustível com alto teor de enxofre (HSFO; 3,5% de enxofre).
Para estar em conformidade, os navios têm duas opções: usar o LSFO ou continuar a queimar o HSFO, equipando os navios com sistemas de limpeza de gases de exaustão (scrubbers).
PUBLICIDADE
Até o momento, estima-se que apenas 5-10% da frota global (em número de navios) tenha lavadores instalados. E, até o final de 2020, espera-se que o número chegue a 10-15%. Em outras palavras, os armadores estão preferindo mudar para o LSFO.
A baixa preferência por scrubbers ocorre devido a dois fatores: a proibição de equipamentos de malha aberta, que transferem a poluição do ar para a água, nos portos; e a suposta facilidade de transição para o LSFO pelas refinarias, o que poderia levar a preocupações sobre a disponibilidade do HSFO, especialmente em pequenos portos.
Além disso, o custo de instalação de um depurador é muito alto, de US$ 2,5 milhões a US$ 4,5 milhões.
Uma análise de custo de embarcações com e sem scrubbers ao longo de um ciclo de vida de 15 anos indica que é benéfico para um navio operar com LSFO, mesmo que o diferencial de preço entre LSFO e HSFO permaneça no nível atual de US$ 300 por tonelada. E à medida que o diferencial de preços diminua, o benefício econômico para os armadores que operam com LSFO aumenta, em comparação com os que usam o HSFO com scrubbers.
Fonte: CRISIL