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Japão avalia dano de ataque a navio-tanque no estreito de Ormuz

A análise de um navio-tanque japonês danificado por uma explosão perto do estreito de Ormuz apontou uma substância semelhante a fuligem em um grande rombo no casco, informou ontem o Ministério dos Transportes em Tóquio. A explosão, na madrugada de 28 de julho, feriu um marinheiro, mas não causou derramamento de óleo nem interrupção da atividade marítima.
O grupo militante Brigadas de Abdullah Azzam, ligado à rede terrorista Al Qaeda, reivindicou a explosão, atribuindo-a a um atentado suicida. Alguns analistas reagiram com ceticismo à declaração, embora uma agência de notícias dos Emirados Árabes tenha informado que investigadores localizaram traços de explosivos no navio-tanque.

Não está claro ainda o que causou o aparecimento dessa substância escura, que se espalhava num padrão radial. Hiroaki Sakashita, diretor da divisão de segurança e política ambiental do Ministério dos Transportes, cogitou a hipótese de que a fuligem encontrada seja resultante do funcionamento de motores do navio. O rombo no casco tinha 22 metros de altura, dos quais 16 abaixo da linha d'água, segundo o ministério. O buraco tinha 23 metros de largura e 1 metro de profundidade.
Uma análise do radar do navio-tanque mostrou que seis navios estavam nos arredores logo antes da explosão, mas não há provas vinculando essas embarcações ao incidente, segundo o ministério. No entanto, a emissora pública NHK disse na terça-feira que o radar do navio detectou uma pequena embarcação fazendo manobras suspeitas na hora da explosão.

O estreito de Ormuz, entre o Irã e os Emirados Árabes Unidos, é o único acesso ao golfo Pérsico. Por ali passa cerca de 40% do transporte marítimo de petróleo no mundo. "Mais de 80% dos navios petroleiros que vêm ao Japão passam por aquela área. Um incidente desses é uma grave preocupação para nós", disse o ministro dos Transportes, Seiji Maehara, durante a sessão de abertura de uma comissão criada para investigar o caso.

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O petroleiro M.Star, com bandeira das ilhas Marshall, tinha partido dos Emirados Árabes Unidos com destino ao porto japonês de Chiba, a leste de Tóquio, com 31 tripulantes a bordo, 15 deles de nacionalidade indiana e os outros 16 filipinos. A embarcação levava cerca de dois milhões de barris de petróleo (318 milhões de litros), cerca da metade do consumo do Japão em um dia. A embarcação conseguiu seguir viagem para o Japão após ser examinada num porto próximo.

Fonte: Jornal Agora (RS)



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