Maersk, Everllance e produtores apoiam abordagem multifuncional e uso do etanol no transporte marítimo

: Da Redação; Navegação; 21/10/2025 - 20:45

A Maersk, a Everllance (antiga MAN Energy Solutions) e os produtores de etanol Inpasa, FS, Raízen, Atvos e Copersucar, apresentaram uma declaração conjunta sobre a necessidade de uma abordagem multifuncional para a descarbonização do transporte marítimo. Após encontro realizado em São Paulo (SP), na última segunda-feira (20), os participantes ressaltaram que o setor pode contribuir com a indústria naval com tecnologias e combustíveis que permitirão o desenvolvimento de embarcações para que o setor marítimo atinja suas metas climáticas.

No documento, as partes citam o etanol, amplamente usado em outros modais, como um dos combustíveis alternativos que justificam uma avaliação técnica e regulatória mais aprofundada. Para o transporte marítimo, a escala de produção existente do etanol foi definida como vantagem, com potencial de fornecer uma terceira opção de combustível para motores a metanol, de combustível duplo, por exemplo. Os participantes informaram que testes recentes indicaram a viabilidade técnica de abastecer esses motores com etanol, ressaltando a importância do desenvolvimento e exploração contínuos.

No encontro, foram elogiados os trabalhos adicionais feitos pela Organização Marítima Internacional (IMO) para examinar a compatibilidade de segurança do etanol com a tecnologia de motores marítimos, a concorrência de matéria-prima, o ciclo de vida e a certificação. Os participantes citaram ainda que uma colaboração adicional entre produtores, usuários e reguladores de etanol será essencial para melhor entender seu papel no futuro cenário energético do setor.

“As partes incentivam o agnosticismo de combustíveis nas regulamentações globais e a abertura para examinar todas as vias de combustível de emissões reduzidas sob a Estratégia de GEE de 2023 da IMO, com sobriedade, rigor e o objetivo de longo prazo em vista, enquanto aguardam maior clareza sobre a adoção recentemente adiada da Estrutura Net-Zero, que é crítica para garantir a transição energética global para o transporte marítimo”, afirmaram no posicionamento.