A Maersk informou nesta quarta-feira (10) que iria usar o transporte ferroviário para transportar cargas através do Panamá, evitando o uso do canal.
Seu serviço Oceania-Américas (OC1) geralmente passa pelo Canal do Panamá, descarregando cargas para a América do Sul nos portos de Cristobal e Cartagena, antes de seguir para os portais da costa leste dos EUA, Filadélfia e Charleston.
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Com o fenômeno El Niño, as restrições de calado reduziram a quantidade de navios que podem atravessar a hidrovia diariamente, com menor calado, resultando em longas filas e atrasos.
A Maersk informou os clientes que o OC1 utilizaria uma “ponte terrestre” do Panamá através da rede ferroviária. Os contêineres com destino ao leste serão descarregados em Balboa, enquanto as com destino ao oeste serão descarregadas em Manzanillo.
A Maersk informou também que omitirá o Porto de Cartagena, importante centro de transbordo na Colômbia.
A ferrovia foi revitalizada em 2011 e estima-se que possa transportar dois milhões de TEUs por ano, ou cerca de 2.740 TEUs em cada sentido por dia.