A Maersk relata um segundo trimestre em 2023 acima das expectativas, já que no período os volumes e taxas foram considerados "baixos". A receita ficou em US$ 13 bilhões, em comparação com os US$ 21,7 bilhões no segundo trimestre de 2022. Mas a lucratividade permaneceu forte, em 12,4%, embora menor em comparação com o segundo trimestre de 2022, considerado excepcional.
O primeiro semestre apresentou forte desempenho. O EBITDA subjacente estimado é de US$ 9,5 bilhões a US$ 11 bilhões —anteriormente era estimado entre US$ 8 bilhões a US$ 11 bilhões). O EBIT subjacente está entre US$ 3,5 bilhões a US$ 5 bilhões — anteriormente estava entre US$ 2 bilhões e US$ 5 bilhões. Mas a perspectiva, avalia a empresa, é de um mercado "enfraquecido" para o segundo semestre.
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"O resultado do segundo trimestre contribuiu para um primeiro semestre sólido em 2023, no qual respondemos a mudanças bruscas nas condições de mercado, provocadas pela desestocagem e pelo ambiente de crescimento moderado após os anos de pandemia. Nossas ações decisivas de contenção de custos, juntamente ao nosso portfólio de contratos, amorteceram alguns dos efeitos dessa normalização do mercado. O foco nos custos continuará a desempenhar um papel central para lidar com uma perspectiva de mercado moderada que esperamos que continue até o final do ano. Enquanto intensificamos essa agenda, estamos inabaláveis em nossa transformação e continuamos a investir e a fornecer soluções logísticas verdadeiramente integradas para os nossos clientes, ampliando a resiliência de suas cadeias de suprimentos para os tempos incertos que virão", disse Vincent Clerc, CEO da Maersk.
A receita do segmento marítimo diminuiu de US$ 17,4 bilhões para US$ 8,7 bilhões na comparação trimestre a trimestre, impulsionada por uma redução nas taxas de frete e nos volumes transportados.
O volume e os fretes se estabilizaram em um nível mais baixo durante o segundo trimestre, mas o segmento marítimo continuou a ser afetado pela menor demanda, principalmente na América do Norte e na Europa.
A receita em Logística e Serviços foi de US$ 3,4 bilhões, comparada aos US$ 3,5 bilhões do primeiro trimestre de 2022. O segmento também foi afetado por volumes menores devido à contínua desestocagem e à demanda mais fraca dos consumidores, bem como a fretes mais baixos. A Maerst espera que a demanda do mercado continue fraca para o segmento no segundo semestre.
A receita em terminais diminuiu de US$ 1,1 bilhão para US$ 950 milhões e foi influenciada pela normalização da receita de armazenamento e por volumes menores em meio à menor demanda dos consumidores e ao menor congestionamento na América do Norte.
Orientação financeira para 2023
A correção de estoque observada desde o quarto trimestre de 2022 parece ter se prolongado e agora se espera que dure até o final do ano. Com base na desestocagem contínua, a A.P. Moller - Maersk agora vê o crescimento do volume global de contêineres na faixa de -4% a -1%, em comparação com -2,5% a +0,5% anteriormente. Espera-se que o segmento marítimo cresça em linha com o mercado.